
No Dia Nacional da Saúde Bucal, celebrado neste sábado (25/10), a Secretaria da Saúde (SES) alerta para os cuidados dos dentes e da boca. Além de exercer papel fundamental na fala, na mastigação e na respiração, a boca é a maior cavidade do corpo a ter contato direto com o meio ambiente, sendo a porta de entrada para bactérias e outros microrganismos prejudiciais à saúde.
“O cuidado com dentes, gengiva e mucosa bucal tem papel crucial na capacidade de realização de atividades diversas, como mastigar, deglutir e articular palavras, além de melhorar a autoestima e a confiança das pessoas. As idas ao dentista precisam ser frequentes e de acordo com as condições bucais do paciente – mas, como padrão, recomenda-se uma visita a cada seis meses para manter a região em boas condições”, explica a cirurgiã-dentista Tatiana Daminani Lafin, da Coordenação de Saúde Bucal da SES.
A ocorrência da cárie, considerada a doença infecciosa mais comum nos seres humanos, precisa ser controlada pela correta higienização dos dentes e da gengiva. Após cada alimentação, é preciso escovar os dentes e, sempre que possível, usar o fio dental. “Depois dos intestinos, a boca é a cavidade com o maior número de bactérias do corpo humano”, destaca Tatiana.
Política de Saúde Bucal
No Estado, a Política de Saúde Bucal do Rio Grande do Sul, vinculada ao Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS/SES-RS), participa da organização da Rede de Atenção à Saúde Bucal (Rasb), com ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS) como principal porta de entrada.
“Nosso trabalho qualifica as equipes de saúde bucal das unidades de saúde, onde o paciente deve buscar o primeiro atendimento. Outro objetivo é estimular a criação de Centros de Especialidades Odontológicas, que hoje são 40 no Estado, e dos Serviços de Especialidades em Saúde Bucal, onde pode ocorrer atendimento de qualquer especialidade em saúde bucal, à escolha do gestor municipal”, conta Tatiana.
A Rede de Atenção à Saúde Bucal é organizada com base populacional, integrando ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção na área, a partir dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações são pautadas pela humanização e pela equidade, alcançando diversos ciclos de vida e grupos em situação de vulnerabilidade.
No RS, funcionam 266 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) e 37 Unidades Odontológicas Móveis (UOM). Além disso, o projeto de Atenção Domiciliar e Consultórios na Rua assegura cuidado a populações com dificuldade de acesso. Outros programas do Estado são o Saúde na Escola e a Atenção Hospitalar em Saúde Bucal – incluindo oncologia, pessoas com deficiência e situações de urgência.
Para detectar precocemente o câncer de boca, o quinto mais prevalente no Estado, o serviço de Telediagnóstico EstomatoNet auxilia na identificação de lesões bucais. Se diagnosticado no início, esse tipo de câncer tem grandes chances de cura, sem deixar sequelas.
Qualificação e fortalecimento
Outra estratégia da SES é investir na qualificação técnica e no fortalecimento da atenção integral à saúde bucal no SUS. Isso ocorre por meio da formação profissional de cirurgiões-dentistas na Residência Multiprofissional em Saúde na Escola de Saúde Pública do RS.
Além disso, a Coordenação Estadual de Saúde Bucal atua nos eixos da atenção à saúde de populações específicas, como crianças, adolescentes, gestantes, idosos, pessoas com deficiência, população indígena, negra e quilombola, população em situação de rua, população privada de liberdade e LGBTQIA+.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom