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DIA DO GAÚCHO: Saiba como surgiu a Chama Crioula e a Semana Farroupilha

Poucos sabem, mas o amor pela cultura gaúcha quase foi extinto, não fosse a persistência do Grupo dos 8 Bombachudos, liderados por Paixão Côrtes, que fez história há 73 anos.

20/09/2020 às 12h00 Atualizada em 28/09/2020 às 12h05
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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A Semana Farroupilha é um evento festivo da cultura gaúcha, que se comemora de 13 a 20 de setembro, com desfiles em homenagem aos líderes da Revolução Farroupilha. A comemoração relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha. Nesse movimento revolucionário, que tinha como ideal liberdade, igualdade e humanidade, e durou cerca de dez anos, sendo a mais longa revolução do Brasil, mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos.

Origem da Semana Farroupilha:

Há 73 anos, à meia noite do dia 7 de setembro de 1947, antes do Fogo da Pátria ser extinto, Paixão Côrtes, Cyro Ferreira, Antônio Siqueira, Orlando Degrazia, Fernando Vieira, Cyro Costa, Cilço Campos e João Vieira, compunham “O Grupo dos 8 Bombachudos”, como viriam a ficar conhecidos. Eles capturaram uma fagulha da chama da Pira da Pátria utilizando um cabo de vassoura com trapos enrolados na ponta e transladaram esta fagulha a cavalo até o saguão do colégio Júlio de Castilhos, situado na cidade de Porto Alegre, onde esta permaneceu acesa em um candeeiro crioulo até o dia 20 de setembro em homenagem a os líderes farroupilhas. Estava então formada a 1ª Ronda Crioula da História, dando origem à Chama Crioula. Durante esta ronda foram realizadas muitas atividades artístico-culturais com apresentações de gaiteiros, declamadores, dançarinos etc. Participaram da festividade Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glaucos Saraiva. E para encerrar a 1ª Ronda Crioula, foi realizado o 1° Baile Gauchesco da história, o popular Fandango, no Teresópolis Tênis Clube de Porto Alegre, que contou com churrasco, pastel de carreira, café de chaleira, hora de artes e concursos de trajes gaúchos, que hoje são popularmente conhecidos por pilchas.

Paixão Cortes é reconhecido como o maior símbolo do tradicionalismo no Rio Grande do Sul. Ele foi imortalizado em 1954, quando foi construída a obra do Laçador, do escultor Antônio Caringi, para a qual Paixão Cortes posou.

PAIXÃO CÔRTES - O HOMEM A FRENTE DO SEU TEMPO!

Porque comemorar esta Revolução?

A intenção dos Oito Bombachudos, em um ambiente em que a sociedade negava hábitos, costumes e tradições gauchescas, era retomar o sentimento de orgulho das coisas tradicionais. Este processo de comemorações começou em um movimento estudantil com alunos de diversas camadas sociais e segmentos étnicos, que levantou-se em favor das tradições. O objetivo era achar uma trilha diante da perda da fisionomia regional; combater a descaracterização; reagauchar o Rio Grande. Em suma: procuravam a identidade da terra gaúcha.

E este movimento triunfou e ganhou espaço, não só no Rio Grande do Sul, mas em todas as regiões povoadas por gaúchos e que tem sua história escrita a partir dos costumes sulistas.

Dia do Gaúcho – 20 de Setembro

Especialmente no dia 20 de Setembro comemora-se o Dia do Gaúcho, sendo feriado no estado do Rio Grande do Sul desde 1996 quando esta data foi oficializada. Neste dia em especial o povo rio-grandense relembra a sua história, os acontecimentos da Revolução Farroupilha, sendo através de desfiles que peões e prendas realizam, geralmente, montados em seus cavalos utilizando a pilcha gaúcha, os CTG´s também realizam em seus centros festejos através das danças tradicionalistas gaúchas para homenagear em especial os líderes do movimento da revolução.  Esta comemoração está inserida na Semana Farroupilha, sendo que oficialmente ocorre no último dia.

Comemorar a Semana Farroupilha é comemorar a história de um povo que tem identidade, cultura e tradição, é reviver e rememorar os caminhos e processos que definiram nosso território e nossas características!

O Grupo dos 8 Bombachudos

Cyro Dutra Ferreira nasceu em Porto Alegre, em 1927 (já falecido). Foi fazendeiro em General Câmara e patrão do CTG 35.

Antônio João Sá de Siqueira nasceu em Bagé, em 1928 (já falecido. Foi veterinário e professor universitário.

Orlando Jorge Degrazia nasceu em Itaqui, em 1929 (já falecido). Foi pecuarista em Cruz Alta e procurador-adjunto do Tribunal de Contas.

Fernando Machado Vieira nasceu em Porto Alegre em 1929 (já falecido). Foi pecuarista em Cruz Alta, onde também foi vice-prefeito.

João Carlos D´Ávila Paixão Côrtes nasceu em Livramento, em 1927 (já falecido). Engenheiro-agrônomo, artista, folclorista e dançarino, autor de livros e pesquisas históricas. É considerado o maior símbolo do tradicionalismo no Rio Grande do Sul, imortalizado na imagem da estátua do Laçador, na entrada de Porto Alegre.

Ciro Dias da Costa nasceu em Pelotas, em 1928 (já falecido). Foi engenheiro-agrônomo e vice-presidente da Fecotrigo.

Cilço Araújo Campos nasceu em Alegrete, em 1924 (já falecido). Foi cirurgião-dentista e major da Brigada Militar.

João Machado Vieira nasceu em Porto Alegre, em 1927 (já falecido). Foi advogado e pecuarista em Cruz Alta e no Mato Grosso.


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