O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz promove, entre os dias 11 de setembro e 2 de outubro, um ciclo de oficinas de Apoio Estratégico em Saúde da População Negra. Os encontros serão realizados nas sete macrorregiões de saúde e o primeiro deles ocorre na macrorregião Metropolitana, na quinta-feira (11/9), em Porto Alegre.
A primeira oficina do ciclo será no Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e reunirá gestores, profissionais da atenção primária, integrantes da rede de saúde e lideranças sociais, além de representantes de conselhos municipais de saúde, do movimento negro e de comunidades quilombolas.
A iniciativa tem como objetivo fortalecer a implementação no Estado da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no RS, por meio da apresentação de indicadores regionais e da troca de experiências. As oficinas serão espaços de escuta qualificada e de construção coletiva de propostas para o enfrentamento ao racismo institucional e para a promoção da equidade em saúde.
Saúde da população negra no RS
O ciclo de oficinas conta com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra e de instituições de ensino superior. Estima-se a presença de 150 a 200 participantes em cada uma das oficinas, com participação de pelo menos um representante dos usuários ou de movimentos sociais por município, além de gestores e técnicos.
Segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio Grande do Sul possui mais de 2,3 milhões de pessoas negras (pretas e pardas), o que representa 21,2% da população. Apesar da relevância demográfica e cultural, expressa nessa forte presença, que inclui tradições, quilombos urbanos e comunidades quilombolas, a população negra enfrenta condições socioeconômicas e sanitárias desafiadoras no Estado.
Os dados apontam dificuldades de acesso e desigualdade na utilização dos serviços, além de taxas maiores de morbimortalidade, resultado do racismo institucional e estrutural. As oficinas respondem a esse desafio, qualificando gestores, profissionais e movimentos sociais para a construção de políticas públicas equânimes e antirracistas.
Calendário das oficinas
Texto: Ascom SES
Edição: Secom