Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo (7) em diversas cidades brasileiras para pedir anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até a próxima sexta-feira (12) sob acusação de tentativa de golpe de Estado.
O maior destaque foi a Avenida Paulista, em São Paulo, onde o ato intitulado “Reaja Brasil”, convocado pelo pastor Silas Malafaia, reuniu uma multidão. Os manifestantes pediram a liberação de Bolsonaro para disputar as eleições de 2026, já que ele foi considerado inelegível em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), disse neste domingo, 7, que o tom do seu discurso na Avenida Paulista durante o ato pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reflete o sentimento popular. “As pessoas estão cansadas, muito cansadas. Só traduzi um pouco do sentimento das pessoas”, disse ele ao responder sobre o tom adotado no palanque. Na oportunidade, o governador fez duras críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com os organizadores, os protestos ocorreram em mais de 30 cidades de 25 estados, incluindo capitais como Recife, Salvador, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre e o Distrito Federal. Em todas, as palavras de ordem se voltaram contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes, alvo frequente da oposição.
A manifestação ganhou adesão de parlamentares da direita, como os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), Helio Lopes (PL-RJ) e os filhos de Bolsonaro, Flávio (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que convocaram apoiadores pelas redes sociais.
Na capital gaúcha, um grande grupo se concentrou na Avenida Goethe, no bairro Moinhos de Vento, em frente ao Parcão. O movimento contou com a presença dos deputados tenente-coronel Zucco (PL-RS), Sanderson (PL-RS) e Marcelo Van Hattem (NOVO-RS).
Com trios elétricos, buzinaço e bandeiras do Brasil, Rio Grande do Sul, Estados Unidos e Israel, os manifestantes pediram “anistia já” e entoaram cânticos contra o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
Faixas e cartazes traziam mensagens como “Democracia só com contagem pública de votos” e “Get out Lula”. Um boneco inflável de cerca de 10 metros retratando o presidente com roupas de presidiário também foi inflado no local.