O empresário Marcelo Marques surpreendeu o mundo tricolor ao anunciar, nesta quarta-feira (27), durante entrevista ao programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, que não será mais candidato à presidência do Grêmio.
Marques afirmou que não tem condições de acompanhar de perto as questões políticas internas do clube e reconheceu que não conseguiria lidar com os confrontos e disputas que marcam os bastidores gremistas. “Sempre que o Grêmio precisar eu vou ajudar o clube. Infelizmente, pensei que ia conseguir cuidar de tudo, mas não tenho como passar por cima desses interesses políticos”, disse o empresário.
Com a decisão, o Grêmio perde uma figura vista por parte da torcida como alguém capaz de dar um novo rumo ao clube. Marques declarou que não participará mais das decisões administrativas nem atuará no Conselho Deliberativo, encerrando assim sua presença efetiva na gestão.
O empresário ressaltou, no entanto, que continuará contribuindo de forma voluntária sempre que necessário, mas fora da esfera política.
Entre os pontos mais sensíveis, Marcelo Marques tranquilizou os torcedores ao afirmar que a compra da Arena do Grêmio não está ameaçada e que o clube não será cobrado em curto prazo.
Além disso, ele revelou que deixou um aporte de 10 milhões de euros para a atual gestão utilizar da forma que considerar mais adequada. O valor seria destinado originalmente à negociação com o atacante Roger Guedes, mas ficará à disposição da presidência tricolor.
A desistência de Marcelo Marques abre espaço para novos cenários na política interna do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Sem ele, o processo eleitoral deve ganhar novos protagonistas, enquanto a torcida acompanha com expectativa os desdobramentos.
Apesar da saída definitiva da gestão, Marques deixa como legado o compromisso de seguir ajudando o Grêmio em momentos estratégicos, mas sem se envolver nas disputas de poder que, segundo ele, limitam o avanço institucional do clube.