A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados encaminhou, nesta sexta-feira (8), à Corregedoria Parlamentar representações contra 14 parlamentares por participação em um motim que interrompeu as atividades do plenário nos dias 5 e 6 de agosto.
O grupo ocupou a Mesa Diretora durante mais de 30 horas, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e para pressionar a votação de pautas como anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e afastamento do ministro Alexandre de Moraes. O ato foi enquadrado como quebra de decoro parlamentar, com possibilidade de suspensão de até seis meses, perda de salário, cota parlamentar e verba de gabinete.
Marcos Pollon (PL-MS)
Zé Trovão (PL-SC)
Júlia Zanatta (PL-SC)
Marcel van Hattem (Novo-RS)
Paulo Bilynskyj (PL-SP)
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Nikolas Ferreira (PL-MG)
Luciano Zucco (PL-RS)
Allan Garcês (PL-TO)
Caroline de Toni (PL-SC)
Marco Feliciano (PL-SP)
Bia Kicis (PL-DF)
Domingos Sávio (PL-MG)
Carlos Jordy (PL-RJ)
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a medida tem caráter “pedagógico” e que a obstrução física ultrapassa os limites do regimento.
Entre os parlamentares citados, Marcel van Hattem disse que não ocupou a cadeira da presidência, mas a de um secretário da Mesa, e classificou o pedido como “absurdo” e “tentativa de silenciar a oposição”. Luciano Zucco, também do Rio Grande do Sul, foi incluído na lista pela participação no ato.
A Corregedoria deve analisar os casos e enviar parecer ao Conselho de Ética, responsável pela decisão final sobre as punições.