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Gasolina passa a ter 30% de etanol, mas sem previsão de queda nos preços

A medida, segundo o governo, visa reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ampliar o uso de fontes renováveis e diminuir as emissões de carbono.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
01/08/2025 às 16h48
Gasolina passa a ter 30% de etanol, mas sem previsão de queda nos preços

A partir desta sexta-feira, 1º de agosto, a gasolina vendida nos postos de todo o Brasil passa a ter 30% de etanol anidro em sua composição. A nova regra, oficializada em dezembro de 2023, eleva o teor anterior de 27% para o máximo permitido por lei, conforme estabelece a legislação nacional.

A medida, segundo o governo, visa reduzir a dependência de combustíveis fósseis, ampliar o uso de fontes renováveis e diminuir as emissões de carbono. No entanto, especialistas apontam que, ao menos neste primeiro momento, a mudança não deve impactar os preços pagos pelos consumidores nos postos.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), os valores da gasolina são determinados por diversos fatores, como cotação internacional do petróleo, câmbio, impostos estaduais e federais, e margens de distribuição e revenda. O aumento no percentual de etanol, portanto, não representa automaticamente uma queda de preços.

Mistura máxima permitida

A nova proporção de 30% de etanol anidro na gasolina é o limite máximo permitido pela legislação brasileira, com base na Lei 9.478/1997 e resoluções do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O objetivo é incentivar o uso de biocombustíveis, principalmente o etanol da cana-de-açúcar, uma fonte mais limpa e renovável.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida também poderá aumentar a demanda por etanol no país, beneficiando o setor sucroenergético — que responde por uma importante fatia da matriz energética nacional.

Impactos no desempenho

Especialistas em mecânica e combustíveis explicam que a nova mistura não deve causar impacto negativo no desempenho dos veículos, uma vez que o etanol anidro já é utilizado na gasolina brasileira há décadas. Além disso, os carros comercializados no Brasil estão preparados para essa proporção.

Entretanto, consumidores podem perceber variações de rendimento, uma vez que o etanol possui menor poder calorífico do que a gasolina pura. Isso significa que, embora mais limpo, o combustível rende menos por litro, o que pode influenciar o consumo em determinados tipos de veículos ou condições de uso.

Sustentabilidade em foco

Com a mudança, o governo busca reforçar a política de descarbonização da matriz energética e aumentar o peso dos biocombustíveis no setor de transportes. O Brasil é líder global na produção e uso de etanol, e a ampliação da mistura na gasolina se alinha com compromissos ambientais assumidos internacionalmente.

O aumento da proporção também favorece a cadeia produtiva da cana-de-açúcar e pode gerar efeitos positivos na economia agrícola de regiões produtoras, como Centro-Sul e Nordeste do país.

 

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