A retomada das aulas no Rio gRande do Sul não irá acontecer mais no dia 31 de agosto. O governo do Estado voltou atrás e suspendeu o cronograma de retomada das aulas presenciais, após reunião com os prefeitos representantes das 27 regiões gaúchas. O anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira, 25, em teleconferência.
De acordo com o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, o governo considerou a rejeição de 94% dos prefeitos ao modelo proposto. Ainda assim, realça o propósito do Piratini em construir um modelo conjunto com as representações das cidades. Do plano estadual, se mantém algumas diretrizes. Tais como: que seja facultativo aos municípios adotar o novo calendário; só regiões em bandeira laranja ou amarela terão autorização de retorno; cada escola terá um plano de contingência; e autonomia às famílias em levar ou não os filhos às escolas.
Conforme o secretário, serão agendadas novas reuniões com os prefeitos para as próximas semanas. “Como não houve consenso, e há uma grande rejeição ao calendário proposto, o Estado foi sensível a essa demanda. Mas afirmamos que esse debate continua aberto e não há condições de não haver ano letivo em 2020.”
Além disso, Meirelles também ressaltou a dificuldade em implementar as medidas. “Dia 31 é a próxima segunda-feira. Não há tempo hábil.” A partir disso, um novo calendário para retomada será apresentado. Segundo o secretário, o mais provável é de uma volta gradual das atividades presenciais entre o início ou meio de setembro.
Para o presidente da AMESNE e Prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, a reunião foi bastante construtiva e contribuiu para um melhor entendimento do tema. Breda defende que o Estado autorize o retorno das aulas, mas que os municípios tenham autonomia para definir quando e como será o retorno das mesmas em suas respectivas instituições de ensino.