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Quais ministros do STF tiveram seus vistos revogados pelos EUA?

Além de Alexandre de Moraes, mais sete ministros foram atingidos pela medida do governo americano.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
19/07/2025 às 09h48 Atualizada em 19/07/2025 às 12h31
Quais ministros do STF tiveram seus vistos revogados pelos EUA?

A polarização política entre Brasil e Estados Unidos ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, 18, após o governo norte-americano decidir revogar os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. A medida foi anunciada após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou que o ex-presidente Jair Bolsonaro utilize tornozeleira eletrônica, em decorrência das investigações sobre tentativa de golpe e incitação à violência política.

Entre os atingidos pela decisão dos EUA estão os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes, além de familiares próximos. Em contrapartida, ficaram de fora das sanções os ministros André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques.

A revogação dos vistos veio como resposta direta do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, às restrições impostas a Bolsonaro, que incluem, além da tornozeleira eletrônica, toque de recolher e proibição de contato com diplomatas estrangeiros. A medida acirrou ainda mais a já tensa relação diplomática entre os dois países.

Do lado brasileiro, aliados do presidente Lula classificaram a atitude dos EUA como "afronta às instituições nacionais", enquanto apoiadores de Bolsonaro comemoraram o movimento, alegando ser uma reação justa contra o que chamam de "perseguição judicial". O presidente americano Donald Trump também se pronunciou, chamando o processo judicial contra Bolsonaro de "caça às bruxas", além de impor uma tarifa extraordinária de 50% sobre produtos importados do Brasil, intensificando ainda mais o cenário de tensão econômica e política.

A medida norte-americana representa um ápice na atual queda de braço diplomática, ampliando uma guerra institucional e de narrativas que envolve soberania nacional, independência do judiciário e influências internacionais sobre processos internos do Brasil. A colocação da tornozeleira eletrônica em Bolsonaro foi apenas o estopim de uma série de ações e retaliações entre os países, que podem ainda evoluir com novos embates diplomáticos e comerciais.

Nos próximos meses, Bolsonaro enfrentará julgamentos decisivos no STF, enquanto Brasil e EUA seguem em clima de tensão crescente. A situação pode gerar novos capítulos na relação diplomática e econômica entre os dois países, repercutindo não apenas internamente, mas também em organismos internacionais como Mercosul e OEA.

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