O novo coronavírus tem uma nova mutação com maior poder infeccioso. A comunidade científica confirmou que a variação foi encontrada na Ásia e é 10 vezes mais potente que a atual, porém, com menos risco de morte para os infectados.
Paul Tambyah, consultor-sênior da Universidade Nacional de Singapura, disse à agência Reuters que é do interesse do vírus infectar mais pessoas, mas não matá-las, porque o vírus depende do hospedeiro para ter alimento e abrigo. Cientistas afirmam, também, que não há sinais de que a mutação agrave os sintomas já conhecidos da doença.
Um estudo publicado em julho, pela revista Cell, mostra que esta variação no genoma viral da SARS-CoV-2 melhorou sua capacidade de infectar mais células humanas. No entanto, esse mesmo estudo indica que a mutação não parece aumentar a gravidade da enfermidade. Paul Tambyah diz que as evidencias sugerem que a proliferação da mutação D614G em algumas partes do mundo coincidiu com a queda nas taxas de mortes, o que parece indicar que a cepa é mesmo menos mortal.