Monte Belo do Sul, com pouco mais de 2,5 mil habitantes, protagoniza nesta quarta-feira, 2 de julho, a estreia da quarta temporada do programa “Avisa Lá Que Eu Vou”, exibido inicialmente no canal GNT e agora em rede nacional pela TV Globo. A atração foi ao ar no dia 17 de junho na TV por assinatura e será exibida em canal aberto a partir das 22h45.
O município recebeu as gravações em março, durante a celebração de seus 33 anos de emancipação e dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. O episódio marcou também a primeira visita do apresentador Paulo Vieira ao Sul do país.
Durante os cerca de 40 minutos de programa, o público conheceu a história, os costumes e a identidade cultural de Monte Belo. A cidade revelou um Brasil rural, enraizado na vitivinicultura, que fala o talian e preserva tradições como a produção de vinho e a gastronomia típica, com destaque para a polenta.
Entre os destaques da gravação esteve o Polentaço, festa bienal na qual uma polenta gigante de 800 quilos é virada em praça pública. O evento foi integrado à celebração dos 33 anos, que também reuniu elementos da Festa de Abertura da Vindima e do Vieni Vivere la Vita Festival. “Foi uma honra participar, um momento muito especial”, disse Nelso Uliana, responsável pela preparação da polenta.
Outro personagem do programa foi Genei Marcos Stasczak, conhecido como Nei, um dos últimos artesãos da região a fabricar pipas de vinho. Além de entrevistado, ele hospedou a equipe da Globo em sua propriedade, onde os quartos ficam dentro de pipas de madeira. “Foi uma experiência fantástica. Mas mais ainda para o município. Divulgar Monte Belo é o mais importante”, avaliou.
A programação incluiu ainda apresentações artísticas e entrevistas com moradores. A professora de dança Maiane De Mozzi conduziu o apresentador em passos da tradicional ‘vinchia romagnola’, ensinada no grupo Ballo D’Italia, com 32 anos de história. “Foi tudo muito natural, gravamos no pátio de uma casa. A edição ficou ótima”, disse.
Vieira também participou da tradicional pisa da uva, conheceu esculturas feitas com polenta e conversou com moradores como Anete Pasquali, Marcos Ceccon, Linara Bessega Segalin, Rinelda Barbieri e integrantes do grupo cultural-folclórico Vicentino.
Com a exibição nacional, a expectativa da população é de que a cidade ganhe visibilidade e atraia mais visitantes interessados em conhecer a herança deixada pelos imigrantes italianos. “É uma repercussão gigante”, resumiu Nei.