A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que a Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) reabram a investigação sobre o acidente na Rota do Sol que envolveu um caminhão do Corpo de Bombeiros e um carro de passeio, em janeiro de 2025, resultando na morte de seis pessoas. A decisão judicial foi publicada na quarta-feira (28), atendendo a um pedido feito pelo Ministério Público Estadual (MP) em abril.
A colisão ocorreu em 26 de janeiro, no km 12 da ERS-486 (Rota do Sol), no município de Itati, no Litoral Norte do Estado. O choque envolveu um Toyota Corolla e o veículo de resgate dos Bombeiros. Entre os mortos estavam dois soldados da corporação e quatro ocupantes do automóvel. O inquérito inicial, conduzido pelo delegado Adriano Pinto, da Delegacia de Terra de Areia, foi encerrado em 17 de março. Conforme o relatório policial, o caminhão teria invadido a contramão após uma curva acentuada em declive, atingindo o Corolla que seguia no sentido contrário.
No entanto, o Ministério Público considerou a apuração insuficiente. A promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira apontou que o inquérito foi enviado sem indiciamento e com lacunas relevantes. Entre os pontos que devem ser esclarecidos estão condições mecânicas do caminhão, detalhes do laudo pericial e a responsabilidade técnica sobre o veículo de resgate. O delegado Adriano Pinto informou que a Polícia Civil cumprirá a determinação judicial, mas não forneceu prazos nem comentou as diligências complementares.
No acidente, morreram na hora os soldados Audrei Alves Camargo e Juliano Baigorra Ribeiro, além de Rosélia Fátima Klassen, 43 anos, Miguel Klassen Tomazi, 9, e Gabriel Vitorino Frezza, 22, todos ocupantes do Corolla. A jovem Clara Klassen Tomazi, de 16 anos, chegou a ser socorrida em estado grave, mas morreu no dia 7 de fevereiro no hospital de Caxias do Sul, para onde foi transferida após atendimento inicial em Capão da Canoa.