O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializou nesta sexta-feira (9), em São Paulo, sua filiação ao PSD. Após 24 anos no PSDB, essa é a primeira mudança partidária do político gaúcho, que assume agora a presidência do PSD no Estado e se coloca como pré-candidato à Presidência da República em 2026.
A filiação marca um novo capítulo na trajetória de Leite, que busca se apresentar como opção de centro em meio à polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O evento contou com a presença do presidente do PSD, Gilberto Kassab, além de lideranças nacionais da legenda. “Estou muito feliz e motivado com minha filiação ao PSD: um espaço de diálogo, equilíbrio e compromisso com o Brasil real”, escreveu Leite nas redes sociais, após o ato. Segundo ele, o partido representa a “convergência necessária para superarmos a polarização”.
Durante seu discurso, o governador defendeu foco em temas concretos. “Vamos brigar com a inflação, com a criminalidade, com os problemas reais do Brasil e não com disputas que não agregam nada”, afirmou ao lado dos novos colegas de legenda.
Kassab elogiou o novo filiado, destacando seu histórico político. “Eduardo Leite é uma grande liderança. Jovem, mas com experiência como vereador, prefeito de Pelotas e governador reeleito do Rio Grande do Sul. É um extraordinário gestor, com espírito público”, declarou.
Desde 2021, Kassab tenta atrair Leite para o PSD. Em 2022, após perder a disputa interna para João Doria no PSDB, o convite foi renovado. À época, Leite optou por permanecer no partido tucano, o que adiou sua saída por dois anos.
Apesar de lançado como pré-candidato à Presidência, Leite ainda não tem confirmação de que estará na disputa. O PSD também considera o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior, e pode manter ambos em evidência até a definição do cenário eleitoral. Segundo interlocutores da sigla, a possibilidade de negociar a vaga de vice com outras candidaturas também está no radar.
Com a movimentação, o PSD reforça seu espaço como um dos principais partidos fora dos extremos ideológicos e se posiciona como protagonista nas articulações rumo à sucessão presidencial de 2026.