Um episódio preocupante envolvendo o esquecimento de uma criança de 5 anos dentro de uma van escolar chamou a atenção em Bento Gonçalves nesta semana. O fato, ocorrido na segunda-feira, 5 de maio, só foi divulgado pela Prefeitura Municipal nesta quinta-feira (8), após questionamento feito pelo Departamento de Investigação (DI) do NB Notícias.
De acordo com informações apuradas pela reportagem, a criança teria sido deixada sozinha no interior do veículo por um período que varia conforme a fonte. Informações extraoficiais apontam que a vítima permaneceu dentro da van entre 12h30 e 17h, ou seja, por aproximadamente quatro horas e meia. Já a versão oficial, divulgada pela prefeitura, indica que a permanência foi de menos de uma hora, tempo ainda assim considerado significativo e que expõe uma falha grave no sistema de transporte escolar.
Apesar de ter confirmado o episódio após ser indagada pela reportagem, a Prefeitura de Bento Gonçalves não divulgou o nome da escola envolvida nem mais detalhes sobre a situação da criança. Confira abaixo a nota emitida pela Assessoria de Comunicação.
A Secretaria Municipal de Educação (SMED) informa que, ao ser comunicada sobre o episódio envolvendo o transporte escolar, adotou prontamente todas as providências cabíveis. O serviço da empresa responsável foi suspenso preventivamente, e a própria SMED assumiu a operação da rota, garantindo a continuidade do atendimento aos alunos.
A Secretaria também realizou uma reunião extraordinária com todos os prestadores de transporte escolar, reforçando os protocolos de segurança e as diretrizes para vistoria dos veículos. Desde o primeiro momento, a SMED prestou integral apoio à família, permanecendo à disposição para qualquer necessidade. A Secretaria reitera seu compromisso permanente com a segurança, o bem-estar dos alunos e a qualidade do transporte escolar.
Casos de crianças esquecidas em veículos escolares já resultaram em tragédias fatais em outras regiões do país. Mesmo com a criança de Bento Gonçalves fora de risco, a situação evidencia a necessidade urgente de reforço nos protocolos de segurança no transporte escolar do município. “Um minuto a mais poderia representar o pior. Não basta apenas punir; é preciso rever o sistema como um todo para evitar que isso volte a acontecer”, alertou uma professora, que pediu para não ser identificada.