O Conclave de 2025 teve início nesta quarta-feira, 7 de maio, no Vaticano, reunindo 133 cardeais eleitores de 71 países na Capela Sistina. A missão: escolher o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril, aos 88 anos, após complicações de saúde. O termo "conclave" vem do latim cum clave ("com chave"), indicando o isolamento dos cardeais durante o processo eleitoral. Regido pela constituição apostólica Universi Dominici Gregis, o conclave exige que o novo pontífice seja eleito por maioria de dois terços dos votos.
O processo ocorre em etapas:
Preescrutínio: preparação das cédulas e juramento de sigilo.
Escrutínio: votação secreta, com até quatro rodadas diárias.
Postescrutínio: contagem dos votos e queima das cédulas.
A fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina sinaliza o resultado: fumaça preta indica que nenhum candidato foi escolhido; fumaça branca anuncia a eleição do novo papa.
Entre os "papáveis" — cardeais considerados favoritos — destacam-se:
Cardeal Pietro Parolin (Itália): Secretário de Estado do Vaticano, visto como continuador das políticas de Francisco.
Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas): prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, alinhado ao perfil progressista.
Cardeal Matteo Zuppi (Itália): arcebispo de Bolonha, conhecido por seu trabalho em mediações de paz.
Cardeal Jean-Marc Aveline (França): arcebispo de Marselha, defensor do diálogo inter-religioso.
Cardeal Peter Erdo (Hungria): arcebispo de Esztergom-Budapeste, representante da ala conservadora.
O brasileiro Dom Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia, também é citado entre os possíveis candidatos, embora analistas considerem remota a eleição de um papa sul-americano neste momento.
O conclave pode durar dias, dependendo da rapidez com que se atinja o consenso necessário. Enquanto isso, fiéis ao redor do mundo aguardam ansiosamente pelo anúncio do novo líder da Igreja Católica. A eleição de um novo papa não apenas define o rumo espiritual da Igreja, mas também influencia questões sociais e políticas globais, dada a relevância do Vaticano no cenário internacional.