A Frente Parlamentar da Educação Infantil, da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, promove na terça-feira, 17, a partir das 19h30min, no Plenário Fernando Ferrari, a segunda audiência pública sobre a realidade e desafios da educação infantil no município, com a participação de representantes do executivo, legislativo, setor privado e do Ministério Público. O tema principal será o déficit de vagas nas creches públicas.
Segundo dados da secretaria municipal de Educação, divulgados em março, 568 crianças aguardavam vagas na cidade. Um levantamento realizado pela Frente, entre os dias 13 e 25 de abril, por outro lado, apontava que 241 vagas ainda estavam disponíveis nas escolas privadas. Entre as possíveis alternativas que serão expostas no encontro, dessa forma, está a maior participação das creches particulares na educação pública. Uma das reivindicações dos empresários é o aumento do valor da mensalidade destinada pela prefeitura na compra de vagas, que neste ano foi estipulada em R$ 400.
De acordo com o vereador Professor Clemente, presidente da Frente Parlamentar, a audiência colocará em pauta possibilidades para valorização das escolas privadas, como a criação de um Fundo Municipal da Educação Infantil e incentivo fiscal. “Realizamos reuniões com os proprietários de escolas, conhecemos projetos de outros municípios, como o Mão Amiga, de Caxias do Sul, e filtramos sugestões e demandas para serem debatidas nesta audiência. Se houver uma união de forças, com todos os setores da sociedade, conseguiremos reduzir significativamente o número de crianças que aguardam vagas nas creches, considerando a capacidade das duas novas escolas em construção, nos bairros São Roque e Universitário. Não vamos resolver o problema imediatamente, mas queremos que a sociedade nos ajude a propor políticas públicas para o próximo governo”, ressalta.
A partir do incentivo às escolas, o vereador também acredita que será estimulado o empreendedorismo, o que, por consequência, geraria aumento na oferta de vagas. “O município tem custos expressivos com escolas públicas, que vão desde a construção do prédio, manutenção da estrutura até o custeio da folha. Com exceção daqueles bairros onde não há outra alternativa que não seja a construção de prédio, a compra de vagas é uma solução mais acessível e imediata”, frisa.
Um mapeamento realizado pela Frente indica os bairros da cidade em que há maior e menor demanda. Os locais mais críticos são os residenciais Novo Futuro, no Ouro Verde, e Don Inácio (1 e 2), no Aparecida. Os dados completos, bem como agendamento de entrevista, podem ser solicitados através do e-mail [email protected] ou telefone (54) 2105 9711.