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Criação da Frente Parlamentar da Linha Férrea é barrada na Câmara de Bento

Mesmo com a assinatura de oito vereadores, justificativa jurídica aponta falta de competência municipal sobre o tema.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
05/02/2025 às 07h57 Atualizada em 06/02/2025 às 17h04
Criação da Frente Parlamentar da Linha Férrea é barrada na Câmara de Bento
Frente Parlamentar tinha o objetivo de buscar alternativas para a área norte da linha férrea - Foto: Top Trip Adventure/Especial

Os procuradores jurídicos da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves emitiram parecer contrário à criação da Frente Parlamentar da Linha Férrea, proposta por um grupo de oito vereadores. O parecer destaca que o tema é de competência exclusiva da União, tornando inviável a atuação do legislativo municipal na questão.

A solicitação para a criação da Frente Parlamentar foi feita pelos vereadores Volmar Giordani (Republicanos), Sidi Postal e Joel Bolsonaro (PL), Alcindo Gabrielli e  Moisés Scussel (MDB), Lúcio Lanes (PDT), Volnei Christofoli e Thiago Fabris (Progressistas). O grupo argumentou que a revitalização da linha férrea traria benefícios econômicos e sociais, além de contribuir para a mobilidade urbana. Entre os objetivos da frente estavam a reativação do trecho ferroviário para o transporte de cargas e matérias-primas, bem como a utilização da área para fins públicos, como passeios, ciclovias e rotas alternativas para transporte escolar e serviços de emergência.

No entanto, o Departamento Jurídico da Câmara, representado pelo coordenador Taime Roberto Nicola e a procuradora Patrícia Brun Perizzolo, apontou que as ferrovias pertencem à União, conforme estabelecido por diversas leis federais, incluindo a Lei nº 11.483/2007 e a Lei nº 14.273/2021. Segundo o parecer, a regulamentação, fiscalização e exploração das linhas férreas são atribuições federais, cabendo ao governo municipal apenas atuar mediante delegação expressa da União.

Diante desse entendimento, os procuradores recomendaram o arquivamento do pedido, por falta de competência do município para legislar sobre o tema. A decisão final agora cabe à Mesa Diretora da Câmara, que deverá seguir a orientação jurídica e rejeitar a proposta.

Para o vereador Volmar Giordani, os argumentos jurídicos utilizados pelos procuradores não impediriam o trabalho da Frente Parlamentar. Giordani cita o exemplo do Lago da Fasolo, onde a Frente Parlamentar fez o acompanhamento de todo o processo, mesmo o local sendo uma área, em sua grande maioria, particular. "No caso do lago, eles estavam trabalhando numa área que não pertence ainda ao município e, mesmo assim, a Frente Parlamentar foi criada e foi muito importante para que algumas decisões fossem tomadas. Nossa proposta com a Frente Parlamentar  da Linha Férrea e fazer com que pessoas possam ir atrás e fazer acontecer algo em prol da nossa comunidade", destacou o vereador.

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SusanaHá 3 meses BgDe uma forma ou de outra se faz necessário que seja desmatado e limpo pois todo o trecho se torna um grande perigo.
EuHá 3 meses DoJeitodeBentoO mais estranho é observar municípios como Carlos Barbosa e Santa Rosa, que, ao menos até onde me lembro, transformaram as antigas linhas férreas abandonadas nas áreas urbanas em ciclovias. Isso evidencia um certo desinteresse pelo melhoramento de Bento, sendo que, com um pouco de empenho e menos vídeos para redes sociais, muitos avanços poderiam ser alcançados.
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