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Mulher denuncia companheiro na delegacia e é morta a facadas por ele depois

Crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 13 de janeiro, deixando órfãos duas crianças de 5 e 7 anos.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
13/01/2025 às 18h55 Atualizada em 13/01/2025 às 19h12
Mulher denuncia companheiro na delegacia e é morta a facadas por ele depois

Na madrugada desta segunda-feira, 13 de janeiro, um feminicídio abalou o município de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Mirnes Aparecida de Lima Martins, de 31 anos, foi brutalmente assassinada com 25 golpes de faca pelo companheiro, um homem de 34 anos. O crime ocorreu apenas quatro horas após a vítima registrar um boletim de ocorrência solicitando medida protetiva contra o agressor.

Antes de se mudar para Imbé, Mirnes residia em Lajeado, de onde saiu devido às enchentes que atingiram a região em maio de 2024. Mesmo após a mudança, o histórico de violência doméstica persistiu. A vítima denunciou o companheiro por agressões na noite de domingo (12) e pediu proteção, mas não houve tempo para evitar a tragédia.

A Polícia Civil informou que o feminicídio aconteceu na residência da vítima, localizada na Rua Cruz Alta, após mais um episódio de violência no relacionamento. Após cometer o assassinato, o homem fugiu, levando os dois filhos do casal, de cinco e sete anos. Horas depois, ele foi convencido por familiares a se entregar na Delegacia de Polícia de Imbé, onde teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. As crianças estão agora sob a tutela do Conselho Tutelar e deverão ser entregues à avó paterna, que reside em Lajeado.

A morte de Mirnes Martins evidencia os desafios no enfrentamento da violência contra a mulher e a necessidade de ações rápidas e eficazes para garantir a segurança das vítimas. O feminicídio de Mirnes ocorre em um cenário alarmante no Brasil, onde mulheres enfrentam dificuldades para romper ciclos de violência, mesmo após denúncias.

O feminicídio em Imbé é mais um exemplo de como o sistema de proteção às mulheres precisa ser reforçado para evitar tragédias. A comunidade do Litoral Norte do RS está em choque, e o caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

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