O caso de uma detenta de 35 anos que engravidou dentro da Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves (PENEBG) sem ter direito a visitas íntimas abalou as estruturas do sistema prisional. Um documento do processo administrativo interno aponta uma falha grave na segurança interna. Isso teria ocorrido pela falta de policiais penais para atuar na casa de detenção. Porém, após a descoberta pública do fato, o número de policiais na penitenciária foi aumentado.
De acordo com apurações feitas pelo Departamento de Investigação do NB Notícias (DI), o processo administrativo apontou que a detenta foi autorizada por um policial penal a sair de sua cela e ir para a galeria dos trabalhadores, onde ocorreu a relação sexual com o detento, que era seu colega trabalho. Ela engravidou e está com quatro meses de gestação. Porém, a situação só chegou ao poder judiciário através do advogado da detenta, Wilson Estivalet, que relatou o fato ao poder judiciário.
Diante disso, a Vara de Execuções Criminais Regional de Caxias do Sul solicitou à Corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que instaure um inquérito administrativo para apurar os fatos. O processo administrativo interno apontou que houve "notória falha de segurança interna" por parte da penitenciária, já que ela teve autorização "informal e sem registro" para passar para o pátio dos trabalhadores "sem qualquer tipo de vigilância".
A reportagem do NB Notícias descobriu que a Penitenciária de Bento Gonçalves estava com uma deficiência no número de policiais penais que faziam a segurança da casa de detenção. O problema aumentava principalmente nos dias de visita. Porém, após o assunto ter chegado ao poder judiciário, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) reforçou a guarda na casa de detenção colocando 12 policiais penais.
O caso agora seguirá em apuração interna para que uma satisfação seja dada ao poder judiciário sobre a segurança na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves.
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