A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves (CDL-BG) emitiu uma carta direcionada aos governantes do estado e do município, pedindo a reabertura imediata do comércio local. A manifestação foi feita diante das dificuldades que vem sendo enfrentadas pelo setor, fechado desde o dia 21 de março. A solicitação é de que as empresas possam abrir o mais rápido possível.

A maior preocupação é com o fechamento de vagas de trabalho, bem como o fim das atividades de algumas empresas. Além disso, muitos comerciantes alegam que estão sendo impedidos de trabalhar mesmo com portas fechadas. Nas redes sociais, uma comerciante gravou um vídeo informando que foi autuada porque estava recebendo o dinheiro de um cliente na porta da loja. Outra empresa, que estava aberta, podendo vender chocolates, foi interditada porque um cliente atravessou o espaço de isolamento feito no local.

Confira o que diz o documento

Carta aos Governantes

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves tem atuado, em seus mais de 50 anos de história, em favor do comércio, defendendo as causas ligadas às empresas e profissionais do setor. Por esse compromisso assumido com a defesa dos interesses daqueles que representa é que tem exaustivamente solicitado aos governantes a revisão do Decreto Estadual, replicado no município, que determina o fechamento dos estabelecimentos até o dia 15 de abril.

O comércio bento-gonçalvense é preponderantemente composto de micro, pequenas e médias empresas que precisam estar ativas, atendendo clientes e comercializando seus produtos e serviços para se manterem viáveis enquanto negócio. A paralisação prolongada de suas atividades trará consequências inevitáveis como a falência de muitas delas, bem como o fechamento de inúmeros postos de trabalho. Os prejuízos estendem-se, também, para a cadeia de prestadores de serviço ligados ao comércio – todos severamente penalizados por essa determinação estadual.

A CDL-BG entende a importância e pactua com a necessidade de que não sejam medidos esforços para conter a proliferação do vírus e, assim, preservar vidas. Porém, esse movimento precisa ocorrer em harmonia e de forma compatível com o exercício das atividades do comércio. É preciso que se encontre o ponto de equilíbrio entre o zelo com a saúde e a sobrevida dos estabelecimentos do setor.

 O momento requer sensibilidade por parte dos governantes no sentido de flexibilizar as medidas restritivas, garantido aos empreendedores o direito ao trabalho e aos profissionais do comércio a busca pelo sustento através de suas atividades.

A CDL-BG está ao lado dos lojistas diante dessa justa reivindicação e defende a imediata retomada gradativa das atividades do comércio.

Marcos Carbone, presidente da CDL-BG, e Diretoria.