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Bandeira Vermelha Patamar 2 entra em vigor e pesa no bolso do consumidor

Com essa nova bandeira, a cobrança extra será de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, refletindo o aumento da demanda por geração termelétrica devido à escassez hídrica.

01/10/2024 às 07h37 Atualizada em 02/10/2024 às 08h06
Por: Marcelo Dargelio
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Chuveiro elétrico é considerado um dos grandes vilões no consumo de energia elétrica nas casas - Foto: Divulgação
Chuveiro elétrico é considerado um dos grandes vilões no consumo de energia elétrica nas casas - Foto: Divulgação

A partir desta terça-feira, 1º de outubro, a conta de luz dos brasileiros ficará mais cara com a ativação da Bandeira Vermelha Patamar 2, a mais custosa do sistema tarifário. Com essa nova bandeira, a cobrança extra será de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, refletindo o aumento da demanda por geração termelétrica devido à escassez hídrica e o consequente encarecimento da produção de energia. Para os consumidores, isso significa a necessidade de atenção redobrada no consumo doméstico para evitar surpresas desagradáveis na fatura de energia.

Impacto no consumo residencial

O consumo médio de uma casa sem ar condicionado no Brasil é de aproximadamente 160 kWh por mês. Para uma família que gasta essa média, a bandeira vermelha representará um acréscimo significativo, elevando os custos de consumo básico. Equipamentos como chuveiro elétrico, geladeira, ferro de passar roupas e máquina de lavar são os principais vilões no consumo de energia, especialmente durante períodos em que o custo por kWh está mais alto.

O chuveiro elétrico é um dos itens que mais impactam a conta de luz, podendo consumir cerca de 30% do total gasto em uma residência. Geladeiras também têm um papel importante, uma vez que funcionam 24 horas por dia, além de ferro de passar e máquinas de lavar roupas, que, dependendo da frequência de uso, elevam consideravelmente o consumo.

Como economizar energia em tempos de bandeira vermelha?

Para minimizar o impacto desse aumento no orçamento familiar, algumas medidas simples podem ser tomadas para reduzir o consumo de energia elétrica:

  1. Chuveiro elétrico: Diminuir o tempo de banho e, se possível, optar pela temperatura morna ou fria durante o uso. O chuveiro é um dos maiores consumidores de energia, especialmente em regiões mais frias do país.

  2. Iluminação eficiente: Trocar lâmpadas incandescentes ou fluorescentes por lâmpadas de LED, que são mais eficientes e duráveis. Além disso, apagar as luzes dos ambientes que não estão sendo utilizados ajuda na redução do consumo.

  3. Uso consciente da geladeira: Verificar o estado das borrachas de vedação e evitar abrir a porta da geladeira com muita frequência. Posicionar o aparelho longe de fontes de calor, como fogão ou exposição direta ao sol, também ajuda na economia.

  4. Ferro de passar e máquina de lavar: Acumular uma quantidade maior de roupas para lavar e passar de uma só vez reduz o uso contínuo desses aparelhos. Para o ferro de passar, uma dica é começar pelas roupas que precisam de temperaturas mais baixas, aproveitando o aquecimento progressivo.

  5. Desligar aparelhos em stand-by: Muitos aparelhos eletrônicos continuam consumindo energia, mesmo desligados, se estiverem em stand-by. Retirar da tomada televisores, carregadores de celular e outros aparelhos quando não estão em uso pode gerar uma boa economia no fim do mês.

O impacto do aumento e a conscientização necessária

O aumento para a Bandeira Vermelha Patamar 2 reflete o custo da geração de energia em tempos de escassez hídrica, que obriga o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes. Em períodos como este, a adoção de hábitos de consumo consciente se torna crucial para que os brasileiros possam evitar surpresas no orçamento.

Além disso, é importante buscar maneiras de otimizar o consumo, como verificar a possibilidade de instalação de energia solar, cujas placas se tornaram uma alternativa viável em muitas regiões do país, oferecendo um alívio no custo mensal das famílias a médio e longo prazo.

Com a perspectiva de que o cenário climático não deve se normalizar tão cedo, economizar energia e buscar soluções mais sustentáveis se tornaram não apenas uma necessidade econômica, mas também uma contribuição para um sistema energético mais equilibrado e seguro para o futuro.

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