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IA no Varejo de Materiais de Construção é tema de encontro na Feicon

Encontro do VMC atraiu uma série de palestrantes para explorar o papel emergente da Inteligência Artificial (IA) no varejo, enfatizando aspectos co...

04/04/2024 às 20h52
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Dino
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O Encontro do Varejo de Materiais de Construção (VMC) iniciou o segundo dia da Feicon, a mais completa feira do setor, realizada na Expo São Paulo de 2 a 5 de abril. Consolidado ao longo de nove anos como parte integrante da Feicon, o Encontro do VMC atraiu uma série de palestrantes para explorar o papel emergente da Inteligência Artificial (IA) no varejo, enfatizando aspectos como aprimoramento da experiência do cliente e segurança cibernética. Dados da Neogrid destacam que o uso da IA no processo de precificação do varejo, por exemplo, pode gerar um aumento médio de 50% no lucro, 24% na receita e 15% na margem.

Os idealizadores do Encontro VMC, Lu Carmo e Eugenio Foganholo, dedicados a fornecer conteúdo prático e aplicável aos empresários do setor desde 2016, lideraram discussões sobre o futuro do varejo. Lu Carmo, também fundadora do Fórum Mulheres na Construção, ilustrou o impacto da IA por meio de exemplos práticos, como o uso da assistência virtual pela The Home Depot. Segundo ela, a empresa já realizou 1 milhão de consultas respondidas por assistentes virtuais, havendo 85% de taxa de precisão das respostas e 30% de redução no tempo médio de retorno ao cliente, resultando em 5% de melhora na margem de lucro. Lu Carmo informa que é 20% mais alta a taxa de conversão de produtos recomendados por IA, com 10% de aumento no tíquete médio dos clientes que interagem com a personalização.

Estratégias práticas de implementação da IA

O estrategista de IA, Fernando Ferreira, apresentou um guia prático para lojas de materiais de construção utilizarem a IA como aliada. Ele cita o Chatbase como ferramenta de dados, entre outras aplicações práticas da IA. “O limitador de uso da IA é a capacidade de fazer perguntas; é preciso ter mais vocabulário. Portanto, a capacidade do seu time de fazer as perguntas certas é o que precisa ser treinado agora”, disse.

Rodrigo Nery, da Serban Brasil, destacou a importância de compreender os desafios específicos de cada empresa antes de implementar soluções baseadas em IA. Ele citou o desafio de implementar melhorias na ONG Mulheres na Construção com o uso de informações analíticas. “Quando você consegue trabalhar com o apoio de informações, entende melhor o seu cliente, e o prepara melhor para pensar como organização”, define.

“Precisamos de respostas rápidas. Se começamos com caneta e papel, agora temos uma megaferramenta para nos auxiliar a ajudar a todos”, disse Bia Kern, presidente da ONG Mulheres na Construção, que já formou mais de cinco mil mulheres no segmento da construção.

O uso da IA na precificação e previsibilidade da demanda no varejo

Dionaldo dos Passos, diretor de Supply Chain na Neogrid, discutiu estratégias para utilizar a IA na precificação inteligente e previsão de demanda, enfatizando a necessidade de uma abordagem direcionada e orientada para os desafios comerciais específicos de cada empresa. “Preço não é um problema matemático, é uma questão de compreensão. Poderíamos gerar mais lucro com a precificação inteligente”, afirma.

Experiência do cliente e casos de sucesso no varejo

Ao falar sobre a IA na jornada da experiência com o cliente no varejo, a palestrante Grazi Sbardelotto, VP of Marketing Cloud na Pmweb, destacou várias aplicações práticas da IA na melhoria da experiência do cliente, desde a otimização da força de trabalho até a previsão de estoque, enquanto enfatizava a importância de manter a inteligência artificial invisível e centrada no cliente. “Existem muitas ferramentas fáceis de usar, mas devemos ter cuidado, principalmente com relação aos dados, e também ela não deve transparecer que é uma IA, tem que ser inteligente e não artificial”, sugere.

Segurança cibernética no varejo de materiais de construção 

José Pela Neto, sócio da Deloitte Cyber, alertou para os desafios de segurança cibernética enfrentados pelo varejo de materiais de construção. Ele informa que o custo médio de um vazamento de dados é de 1,2 milhões de dólares. Mas, quando se fala no varejo, esse número chega a 3,3 milhões de dólares. “Isso mostra o quanto o Brasil precisa evoluir em termos de segurança cibernética. 70% dos dados vazados levam mais de duas semanas para serem detectados, e em 93% desses casos, o atacante levou poucos dias para conseguir chegar aos dados”, alerta José Pela Neto, sócio da Deloitte Cyber.

Desafios e oportunidades na jornada da IA

A Profª Dra. Regiane Romano destacou a importância da governança e da capacitação das equipes na jornada da IA. “Temos que acabar com o gap tecnológico e treinar as pessoas. As pessoas são a base de todos os negócios, sem isso não vamos funcionar”, disse.

Portanto, para ter sucesso nos negócios, ainda é fundamental focar nas pessoas. “Os negócios não vendem produtos, são as pessoas que vendem. Os negócios não tomam decisões, são as pessoas que tomam. E os negócios não criam relacionamentos. Quem cria esses relacionamentos são as pessoas”, conclui Regiane.

Busca da isonomia comercial e regulamentação

O presidente da Anamaco, Cassio Tucunduva, discutiu a busca pela isonomia comercial no setor e destacou o apoio legislativo para promover uma competição justa e equitativa no mercado. Com o deputado federal Capitão Augusto, presidente da Frente Parlamentar de Material de Construção na Câmara, através da PL 6005/23. A Lei tem por objetivo regulamentar a comercialização de materiais de construção, proibindo a venda direta de fábricas para construtoras, pessoas físicas ou jurídicas, assegurando uma competição justa e equitativa no mercado e protegendo os interesses dos pequenos e médios comerciantes de materiais de construção.

O evento também marcou o lançamento do livro "60 Anos de Associativismo no Varejo da Construção – ANAMACO Construindo um Legado há 40 anos", pela BB Editora, que conta com depoimentos de 53 personalidades, entre presidentes de Acomacs. 

“O livro foi viabilizado através de parcerias junto com as empresas que fazem parte do setor e a força da Anamaco está representada na quantidade de marcas, nenhum livro consegue tantas adesões se a entidade não for extremamente respeitada e valorizada pelas empresas da cadeia”, destaca Renata Hernandes, diretora comercial da BB Editora.

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