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CRA vota proibição de recursos do Funcap a atividades em áreas de preservação

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA)se reúne nesta quarta-feira (27), às 14h, para deliberar sobre a pauta com nove itens. Um deles é ...

26/03/2024 às 19h17
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Senado
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A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA)se reúne nesta quarta-feira (27), às 14h, para deliberar sobre a pauta com nove itens. Um deles é oprojeto de lei que veda a aplicação de recursos do Fundo Nacional para Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap) na recuperação de atividades econômicas situadas em áreas de preservação permanente. Daex-senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o PL 5.231/2023 recebeu parecer favorável do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

A proposta altera a lei que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec), com base em emenda da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 85, de 2011 , que prevê a inclusão da recuperação dos solos e dos investimentos produtivos realizados em propriedades da agricultura familiar entre as ações de reconstrução financiadas com recursos do Funcap.

Segundo a justificação apresentada, a proibição tem por objetivo impedir a permanência de atividades em áreas de risco, evitando o aprofundamento da “fragilidade física, social, econômica e ambiental de uma comunidade ou ecossistema expostos a eventos físicos extremos”.

Para o relator, a medida evita que recursos públicos, já insuficientes para enfrentar a extensão dos prejuízos materiais e humanos causados por desastres ambientais, sejam investidos na continuidade de atividades em áreas de risco, ou seja, em locais que estarão sujeitos a novas ocorrências.

Sem essa vedação, estimula-se a permanência de ocupações em solos frágeis e áreas vulneráveis, com impactos negativos sobre o desenvolvimento social, econômico e ambiental dessas localidades”, argumenta Mourão.

Depois da CRA, o projeto segue para votação em Plenário.

Armas de fogo

Também poderá ser votado o projeto do senador Alan Rick (União-AC) que inclui, entre as armas de fogo de porte permitido por vigilantes em área rural, as de calibres 5,56 mm e 7,62 mm. O Projeto de Lei (PL) 6.140/2023 altera a Lei 7.102, de 1983 , que rege os serviços particulares de vigilância, para ampliar a lista de calibres de uso permitido por vigilantes “quando em serviço de proteção de área rural”.

Rick, na justificação de seu projeto, argumenta que o setor agropecuário tem importância significativa na economia do país, e a migração da criminalidade urbana para áreas rurais requer ação proativa na proteção de propriedades, maquinários, insumos e estoques.Ele acrescenta que as referidas armas jáforam liberadas para proprietários rurais para controle da proliferação de javaporcos (híbridos de javali e porco doméstico) em suas terras.

Em seu relatório favorável à proposição, o senador Mourão citou estatísticas sobre o aumento dos crimes no meio rural e opinou que a presença ostensiva de armamento contribui para dissuadir os criminosos. Ele ofereceu emenda que limita o uso das armas de novos calibres ao serviço de proteção de propriedades, o que “evitaria interpretações açodadas de que movimentos sociais ou outros agentes econômicos possam ter acesso a armas de mais grosso calibre.

Depois da CRA, o projeto seguirá para análise da Comissão de Segurança Pública (CSP), em caráter terminativo.

Operação Reestruturação

A CRA ainda votará requerimentos de convocação de três ministros para esclarecimentos sobre a resposta do governo à Operação Reestruturação — mobilização dos auditores fiscais federais agropecuários por melhores condições de trabalho — que, segundo o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), foi considerada insatisfatória pela categoria. Autor dos três requerimentos, Heinze pediu a oitiva com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad ( REQ 7/2024 — CRA ); da Agricultura, Carlos Fávaro ( REQ 8/2024 — CRA ); e da Gestão, Esther Dweck ( REQ 9/2024 — CRA ).

Em sua justificação, o parlamentar expressou a insatisfação dos auditores fiscais federais agropecuários, que trabalham sob “remunerações insuficientes e condições de trabalho desgastantes”, e chamou a atenção para o quadro reduzido de funcionários. Em sua avaliação, a demora na fiscalização compromete a importação de insumos básicos e afeta a imagem do Brasil em face de acordos internacionais estratégicos.

“A situação é alarmante e já compromete a segurança de cargas vivas e o comércio internacional de material genético, além de outros produtos sensíveis ao tempo de trânsito. Esses atrasos prejudicam a exportação eficiente de produtos de proteína animal e colocam em risco a subsistência de exportadores, importadores, produtores rurais, despachantes aduaneiros, transportadores e motoristas internacionais”, alerta Heinze.

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