O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 1º de março, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 2,9% em 2023, atingindo um valor total de R$ 10,9 trilhões. Em comparação com o ano anterior, quando a taxa de crescimento foi de 3%, observa-se uma leve desaceleração.
O destaque desse crescimento foi a alta de 15,1% no setor agropecuário, representando o maior avanço desde o início da série da pesquisa em 1995. O incremento nas produções de soja e milho, duas das lavouras mais relevantes do Brasil, impulsionou significativamente o desempenho positivo da agropecuária. Além disso, a indústria (1,6%) e os serviços (2,4%) também contribuíram para o resultado positivo.
"A agropecuária cresceu 15,1% no ano passado, puxada muito pelos crescimentos nas produções de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil", explicou Rebeca Palis, pesquisadora do IBGE. "A indústria extrativa mineral, com a extração de petróleo e minério de ferro, cresceu bastante também."
De acordo com Rebeca, agropecuária e indústria extrativa foram responsáveis por metade do crescimento do PIB, destacando também a importância das atividades de eletricidade, água, gás, esgoto e intermediação financeira na economia.
Sob a ótica da demanda, o crescimento foi impulsionado pelo consumo das famílias (3,1%), consumo do governo (1,7%) e exportações (9,1%). A queda de 1,2% nas importações também contribuiu para o resultado positivo. No entanto, a formação bruta de capital fixo, representando os investimentos, teve uma queda de 3% no ano.
Na análise do quarto trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 2,1%. No entanto, na transição do terceiro para o quarto trimestre do ano, o PIB manteve-se estável.