Pelo menos sete bairros de Bento Gonçalves seguem sem água

Em Bento Gonçalves, uma situação preocupante se desdobra desde a manhã do sábado, 2 de dezembro. A Capital do Vinho vive uma crise hídrica que exige atenção e ação imediata. As equipes da Corsan estão em campo para restabelecer o nível dos reservatórios de água e normalizar o abastecimento, após um alto consumo registrado no final de semana. Bairros como Aparecida, Borgo, Burati, entre outros, enfrentam interrupções no fornecimento e oscilações na pressão da rede, com previsão de normalização apenas no fim da noite.

Este episódio não é apenas um inconveniente, mas um alerta vermelho que requer providências críticas. A Corsan pede aos moradores de Bento Gonçalves que utilizem a água de maneira consciente, evitando desperdícios. Mas, é suficiente? A resposta é um retumbante "não". A crise hídrica em Bento Gonçalves não é um fenômeno isolado, mas parte de um desafio global crescente. O aumento do consumo, potencializado pelas altas temperaturas, coloca em xeque a sustentabilidade dos recursos hídricos. É hora de questionar: as medidas atuais são adequadas para enfrentar essa realidade? Estamos fazendo o suficiente para garantir o acesso à água, um direito humano básico, para todos?

É fundamental que as autoridades e a Corsan desenvolvam e implementem estratégias de longo prazo para a gestão hídrica. Isso inclui investimentos em infraestrutura, estratégias para redução do consumo, educação para a sustentabilidade e planos de contingência para períodos de escassez.

Além disso, a comunidade deve ser parte ativa dessa mudança. O uso consciente da água deve transcender o âmbito das recomendações e tornar-se uma prática diária, enraizada na consciência de cada cidadão. A responsabilidade é coletiva: governos, empresas e indivíduos devem se unir para garantir que crises como essa não se tornem a norma.

A Corsan disponibiliza canais de relacionamento, como o App Corsan e seu site, para informações e orientações. Mas, mais do que nunca, é hora de ações concretas e de um compromisso inabalável com a sustentabilidade hídrica. Bento Gonçalves enfrenta hoje um reflexo de um problema maior, que exige uma resposta vigorosa e coordenada de todos os setores da sociedade.