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Barranco no bairro São Francisco preocupa moradores

Devido ao grande volume de chuva, deslizamento de terra e rolamento de rochas são registrados quase que diariamente no local, mas até o momento, nada foi feito para resolver o problema. 

10/10/2023 às 10h07 Atualizada em 11/10/2023 às 16h03
Por: Renata Oliveira Fonte: NB Notícias
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O barranco, localizado no bairro São Francisco, está preocupando moradores da região. Crédito: Renata Oliveira/NB
O barranco, localizado no bairro São Francisco, está preocupando moradores da região. Crédito: Renata Oliveira/NB

Um barranco localizado na rua Eugênio Valduga, no bairro São Francisco, está preocupando alguns moradores devido ao deslizamento de terra e rolamento de pedras que acontecem quase que constantemente nos dias mais chuvosos e que, até o momento, nada foi feito para resolver. A Reportagem do NB entrevistou uma geóloga que explica que o problema ocorre pelo corte irregular do terreno. 

Ainda em 2018, os terrenos onde estavam instalados os prédios do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) em Bento Gonçalves foram vendidos para uma empresa privada e, desde então, nada foi construído no lugar. Contudo, a área localizada na rua Eugênio Valduga está inquietando moradores próximos devido ao deslizamento de terra e rolamento de pedras que estão sendo registrados quase que diariamente por causa do grande volume de chuvas que vem assolando a região nos últimos meses. 

Porém, segundo os residentes, isso começou a acontecer depois que algumas árvores foram cortadas para construir o calçamento da rua em fevereiro de 2023, sendo que uma delas despencou sobre os fios de luz e deixou 70 moradores sem energia durante todo o dia na época da obra. Cláudia Silva (nome fictício), de 71 anos, relembra do caso e comenta que se preocupa com o que pode vir a acontecer com o barranco. "Foi a pouco tempo, quebrou todos meus fios e levei um susto danado. Só que não sei se estão trabalhando ali, mas agora está sempre caindo terra e pedras. A Prefeitura está vindo limpar, mas acho que ainda não enxergou o perigo. Há várias pedras grandes que se chegam a cair na rua, o estrago será feio," destaca a moradora que preferiu não se identificar. 

Um pouco mais abaixo da rua, Cleci Costa, que mora há mais de 27 anos no bairro, também demonstra receio com a situação do barranco. "É um pouco preocupante, pois mesmo que tenha muitas árvores e pedras que seguram a terra, uma hora elas podem cair também. Não sei bem quem é o responsável pelo terreno, mas acho que seria interessante colocarem alguma proteção, mais por garantia e segurança de todos," comenta Costa. 

Segundo a geóloga, Luísa Caon, o risco de desmoronamento de terra é relativamente baixo, já o de rochas, nem tanto. "Pelo o que observei, há um tombamento e rolamento de rochas, pois com a chuva, a superfície das pedras vai se tornando mais lisa, fazendo com que elas tombem com mais facilidade. Têm outros pontos que até acho que poderia vir a ocorrer um deslizamento de terra, mas teria que ser uma quantidade absurda de chuva," frisa a geóloga. 

Com as últimas chuvas, grande parte das rochas estão caindo em direção à via. Crédito: Renata Oliveira/NB

Outra questão que a geóloga aponta é sobre o corte da área. "Esse talude (barranco) foi cortado de uma forma irregular. Para que não ocorra um deslizamento de terra, é preciso que o corte seja feito de outra maneira e ali ele está muito reto, o que favorece o tombamento das rochas. Para resolver, seria necessário diminuir o ângulo do talude, mas como a área já está bem danificada, não tem como impedir que os problemas continuem acontecendo no momento. "explica Luísa. 

Em entrevista com outros residentes da área, muitos falaram que não se preocupam, pois há muitas árvores no local e que seria impossível acontecer alguma tragédia, entretanto, a geóloga salienta que isso não oferece nenhuma garantia. "Muitos acreditam que se há muitas árvores no terreno não terá deslizamento, mas não é necessariamente o correto, pois o que segura o solo é o atrito estático entre os grãos, por isso existe locais em que há muita vegetação e mesmo assim ocorre os deslizamento e tombamento de rochas," esclarece Caon.

Registro do deslizamento de terra nesta segunda-feira, 09 de outubro. Crédito: Renata Oliveira/NB

 

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