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Vingadores Ultimato - Marvel entrega seu melhor filme homenageando os 11 anos do estúdio

Crítico Marcelo Figueiró trará seus comentários semanais sobre os principais filmes e série em exibição, seja no cinema ou na Netflix.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Marcelo Figueiró
02/05/2019 às 19h55 Atualizada em 10/08/2019 às 14h30
Vingadores Ultimato - Marvel entrega seu melhor filme homenageando os 11 anos do estúdio
Divulgação

Anteriormente era comum a produção de filmes de longa metragem, com mais de três horas de enredo. Entre estes podemos destacar obras como “...E o Vento Levou” (1939), “Ben-Hur” (1959) “A Lista de Schindler” (1993), “Titanic” (1997) e “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (2003). Com o tempo esta prática diminuiu, talvez por influência dos programas de TV e da internet, que fornecem conteúdo reduzido, para rápido consumo. Pensando nisto, se alguém me dissesse que iria existir um filme de super-heróis com esta duração eu certamente daria risadas. Isto porque, há duas décadas, o gênero super-heróis era considerado o mais descartável do cinema. Era utilizado para arrecadar fundos para produzir as “verdadeiras” obras de arte. Pois hoje a Marvel Estúdios é a empresa mais lucrativa de Hollywood. Sua franquia está se consagrando ao apresentar o seu ápice, num filme de mais de três horas de duração. Estou falando de “VINGADORES ULTIMATO” (Avengers – End Game, EUA, 2019). O longa estreou recentemente e não para de bater recordes de bilheteria, justificando cada segundo utilizado em tela, como os outros filmes citados acima.

Zona de Spoilers

Para ter uma melhor compreensão de Vingadores Ultimato é importante assistir a primeira parte da obra, Vingadores Guerra Infinita, de 2018. Também é bom ter visto alguns dos 22 filmes da Marvel desde o lançamento do Estúdio, em 2008, com o longa Homem de Ferro. Essa é a primeira película obrigatória. Também é bom ter assistido os três filmes do Capitão América (2011, 2014, 2016), os dois de Guardiões da Galáxia (2014, 2017), Doutor Estranho (2016), Homem Formiga e Vespa (2018), Capitã Marvel (2019) e os outros dois filmes dos Vingadores (2012, 2015). Isto para ficar no básico, pois o universo da Marvel está todo interligado. Várias citações só são compreensíveis ao ter acompanhado as outras obras. É possível assistir “Vingadores Ultimato” separadamente, mas, com o conhecimento da franquia, a experiência fica bem mais divertida.

 Super SPOILER

Se você esteve em um buraco negro no último ano, e não sabe nada de Vingadores Guerra Infinita, é importante ter conhecimento de algumas situações. O déspota alienígena, Thanos, reuniu as seis joias do infinito em uma manopla, no filme de 2018. As joias possuem o poder de controlar a mente, o poder, a alma, o tempo, a realidade e o espaço. Juntas podem fazer tudo que seu portador desejar, através da manopla do infinito. Thanos tem uma tese que o universo é caótico pois existe seres demais consumindo seus recursos. Para ele a solução para restaurar o equilíbrio seria simples: matar a metade dos seres vivos do cosmo. Após uma longa batalha, com os heróis da Marvel, o vilão vence, veste a manopla e num estalar de dedos acaba com metade do universo. Entre os mortos estão alguns heróis como o Homem Aranha, Pantera Negra, Doutor Destino, Falcão, etc. Isto tudo no filme do ano passado, que teve um dos finais mais chocantes da história do cinema. Certamente com a maior mortandade fictícia já vista numa tela grande.

Espólios de Guerra

O novo filme, Vingadores Ultimato, começa dois dias após a batalha vencida por Thanos. Os Vingadores sobreviventes se reagrupam tentando encontrar soluções para reverter o efeito da manopla. Sem sucesso, a equipe passa a reorganizar o planeta com os heróis que sobraram. Mesmo assim, após cinco anos, o caos continua na terra, que perdeu metade de seus seres vivos. Nisto o Homem-formiga consegue escapar do universo-quântico. Ele havia ficado preso nesta dimensão em seu último filme.

Fim de Jogo

Ao desembarcar na Terra, o pequeno herói descobre o que aconteceu com o universo. Logo ele procura os Vingadores, pois talvez tenha uma solução para reverter a mortandade provocada pelo Titã. Ele explica que no universo quântico existe como viajar no tempo. A partir daí propõe que os Vingadores partam para períodos específicos da história, afim de pegar as Joias do Infinito, antes de Thanos as possuir. Com a posse das gemas será possível se vingar do déspota e devolver tudo a sua normalidade. Nesta jornada os Vingadores serão obrigados revisitar vários de seus filmes anteriores, terão reencontros agradáveis, mas também enfrentarão perdas gigantescas. Todos os sacrifícios valem a pena, pois a humanidade merece ser vingada.

O mapa da batalha

O interessante de “Vingadores – Ultimato” é que o roteiro sabe distribuir muito bem o seu tempo de duração, envolvendo permanentemente a plateia. O filme começa sombrio mostrando a dor causada pela mortandade de Thanos e como os Vingadores se modificaram devido a esta experiência. Logo após apresenta a busca das gemas, que coloca os heróis de frente com seu passado, tendo que reparar erros e concluir arcos. A quarta parte é dedicada ao grande confronto com o Titã. É certamente a maior batalha fictícia da história do cinema, abusando do CGI, de tomadas em plano sequência e toda forma de subterfúgio para envolver o espectador.

Vingadores para todo o lado

Nesta parte são muitos os personagens. Existem tantos que em toda a parte da tela há uma ação importante e diferente acontecendo. Talvez seja necessário assistir o longa umas três vezes, para poder vislumbrar tudo que aconteceu naquelas cenas. Após o final do confronto temos um pequeno epilogo. Este fica no lugar das tradicionais cenas pós créditos e nos apresenta algumas bases sobre o que será o universo Marvel nas suas próximas fases. É um filme criativo, agitado, divertido e emocionante como nenhum outro da franquia e merece cada um dos centavos que está arrecadando.

Honrarias para heróis

Parabéns à Marvel por ter a ousadia de entregar tão grandiosa obra cinematográfica. Certamente é a cereja do bolo, uma ótima finalização para esta saga de 22 filmes que compuseram os onze anos de existência do estúdio. Ouso dizer que, como os super-heróis foram o gênero que dominou o cinema na última década, e que, como Vingadores – Ultimato é o ápice desta construção, seria justo ao filme ganhar o prêmio da Academia de Cinema. Sim, acredito que o Oscar poderá ser dos heróis em 2020, pois o longa tem ótima qualidade, é emocionante, bem construído, bonito, divertido e baterá todos os recordes de bilheteria já vistos. Este ano outros filmes de heróis abocanharam algumas estatuetas, devido a diversificação dos membros da academia. Quem sabe não seja a vez dos Vingadores se juntarem aos outros filmes de longa duração, citados no início do texto, que também já foram sagrados melhor filme. Vai ser muito divertido ver o Hulk no palco do Dolby Theatre, levantando a estatueta. Se isto acontecer podem ter certeza que por muito tempo ainda iremos ao cinema para ouvir a frase icônica: AVANTE VINGADORES.    

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