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Morre a outra vítima do ataque na escola no Paraná

Luan Augusto da Silva, de 16 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada desta terça-feira, 20. Sua namorada, Karoline Verri Alves, também de 16 anos, morreu ainda no local do crime.

20/06/2023 às 09h28 Atualizada em 20/06/2023 às 22h22
Por: Renata Oliveira Fonte: CNN Brasil/Carta Capital
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Luan e Karoline eram namorados. Crédito (foto de fundo): Henrique Campinha/AFP
Luan e Karoline eram namorados. Crédito (foto de fundo): Henrique Campinha/AFP

O outro jovem atingido pelos disparos de arma de fogo no ataque a uma escola da cidade de Cambé, no norte do Paraná nesta segunda-feira, 19, morreu na madrugada desta terça-feira, 20. 

O adolescente Luan Augusto da Silva, de 16 anos, foi atingido na cabeça por um disparo. Ele estava internado em estado gravíssimo no Hospital Estadual de Londrina, mas não resistiu aos ferimentos. Em nota, o hospital informou que a família do jovem autorizou a doação de órgãos.

Relembre o caso:

Na manhã de segunda-feira, 19, um ex-aluno de 21 anos do Colégio Estadual Professora Helena Kolody invadiu a escola e disparou contra Luan e sua namorada, Karoline Verri Alves, de 16 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

O autor do ataque foi detido pela Polícia Militar e encaminhado à delegacia. De acordo com a PM, ele foi à escola alegando precisar de uma cópia do histórico escolar. Ao entrar no local, efetuou os disparos. 

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, o atirador não conhecia as vítimas, mas havia planejado o atentado. Os adolescentes foram baleados enquanto participavam de uma aula de educação física.“Ele tinha essa ideia na cabeça há quatro anos. Comprou o revólver a um tempo considerável, um mês e meio. Também comprou a machadinha no dia 10 de junho”. De acordo com Ribeiro, o atirador esteve na escola há 30 dias para analisar o espaço antes do ataque.

Na casa do autor do crime, a polícia encontrou munições, a machadinha e um caderno com anotações sobre outros ataques em escolas – como o de Suzano.

 

Durante depoimento, o autor revelou que o ataque à escola ocorreu como forma de retaliação por episódios de bullying sofridos enquanto era aluno da instituição. Ele frequentou o colégio por 7 anos e saiu em 2014. O atirador também confessou ter planejado se suicidar, mas que ‘não soube fazer o municiamento da arma’.

Além dele, outro homem de 21 anos foi preso e um menor de 13 anos indiciado por suspeita de ajudar a organizar o ataque.

Manifestações 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Junior (PSD), usaram as redes sociais para lamentar o ocorrido.

“Recebo com muita tristeza e indignação a notícia do ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar”, declarou o presidente.

“A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu. Como governador e pai a minha solidariedade aos familiares nesse momento de dor tão profunda. Paraná está em luto”, escreveu nas redes sociais Ratinho Junior.

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