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Anvisa aprova uso de medicamento para diabetes no combate à obesidade

A orientação da Anvisa é para que esse uso se dê em pacientes com mais 30 de IMC — quando o quadro começa a ser considerado obesidade ou em pessoas com o IMC acima de 27, o chamado sobrepeso.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio
03/01/2023 às 12h43 Atualizada em 04/01/2023 às 14h46
Anvisa aprova uso de medicamento para diabetes no combate à obesidade

Uma ótima notícia para as pessoas que enfrentam problemas de obesidade e sobrepeso no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a utilização da substância semaglutida, que tinha uso no Brasil liberado somente para tratamento do diabetes. A substância já vem sendo utilizada no país por celebridades e políticos principalmente e mostrou importantes resultados para perda de peso.

Apesar da boa notícia, a previsão da utilização do medicamento no mercado é para o segundo semestre deste ano. A aprovação da Anvisa foi dada para o medicamento Wegovy — mas usa a mesma droga ativa do Ozempic e do Rybelsus. O uso do medicamento é indicado para pessoas com sobrepeso somado a comorbidades ou para quem tem algum grau de obesidade. O Wegovy é aprovado para essa função nos Estados Unidos desde o ano passado. No Brasil, por outro lado, havia o uso da mesma molécula em metodologia off label — quando é preciso que o médico determine seu uso por conta própria, na bula a indicação de uso é para outra doença ou sintoma.

A orientação da Avisa é para que esse uso se dê em pacientes com mais 30 de IMC — quando o quadro começa a ser considerado obesidade ou em pessoas com o IMC acima de 27, o chamado sobrepeso, com doenças associadas, como pré-diabetes, diabetes tipo 2, hipertensão ou problemas cardiovasculares. Para se ter uma ideia, de acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, uma a cada cinco pessoas no país têm obesidade. Uma taxa que está em crescimento.

Como funciona o medicamento

O grande trunfo do medicamento é conseguir ampliar a resposta de um tratamento farmacológico à obesidade. Outras moléculas, explicam os especialistas, conseguem a perda de peso global de cerca de 6%. A resposta do novo fármaco é de 17%, em média, ao longo de um ano. Seu uso deverá ser prolongado, ou seja, o paciente precisará acompanhar junto ao médico o período em que será necessário fazer uso das aplicações. Ainda não há preço fechado para seu uso no Brasil, mas nos EUA o tratamento mensal é cotado a US$ 1.300 por mês, segundo a imprensa local.

O funcionamento da nova droga injetável aprovada no Brasil é imitar o funcionamento do GLP-1, um tipo de hormônio presente no intestino humano. A ideia é que essa molécula transmita a sensação de saciedade — o que consequentemente leva à perda de peso. Em geral, quando as pessoas têm algum grau de sobrepeso, obesidade ou até em casos de diabetes, essa balança da saciedade está desregulada: o que compromete o controle da gordura corporal, fator que pode estar associado à piora da saúde do individuo.

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