Depois de muitas idas e voltas, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi arrematada por R$ 4,151 bilhões, que representa ágio de 1,15%, em leilão realizado na bolsa de valores de São Paulo, a B3, na manhã desta terça-feira, 20. O comprador foi o grupo Aegea e o montante oferecido é pouco acima do preço mínimo de R$ 4,1 bilhões estipulado para a liquidação do patrimônio da Corsan. Apenas a Aegea apresentou proposta no certame. 

A Aegea é a maior empresa do setor no Brasil e já opera uma parceria público-privada (PPP) com nove municípios da região metropolitana de Porto Alegre. 

A realização do leilão da Corsan ocorre após uma série de embates judiciais. Na segunda-feira, 19, o governo do Estado conseguiu garantir a realização da disputa para privatização da companhia. O certame havia sido suspenso pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) na última quinta-feira, 15, mas uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) anulou a medida, a pedido do governo do Estado, na noite de segunda-feira.

Apesar da liberação da concorrência, o presidente da Corte, ministro Lelio Bentes Corrêa, manteve vedada provisoriamente “a realização de qualquer ato que envolva assinatura do contrato de compra e venda das ações detidas pelo Estado do Rio Grande do Sul no capital social da Corsan ou a efetiva transferência de tais ações ao adquirente”.