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Lançamento do novo IPhone põe fim ao chip de operadora

Sistema de eSim é a nova tendência trazida pela operadora, porém, inicialmente, modelos que virão ao Brasil ainda terão a possibilidade de chipagem.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Estadão/Conteúdo
19/09/2022 às 14h53 Atualizada em 19/09/2022 às 15h22
Lançamento do novo IPhone põe fim ao chip de operadora
Novo iphone 14 quer revolucionar o mercado trazendo somente o esim - Foto: Yuki Iwamura/AP/Divulgação

Mais uma vez a Apple sai na frente para deixar os celulares mais modernos e, ao mesmo tempo, mais dependentes de suas funcionalidades. No lançamento do iPhone 14, no dia 7 de setembro, a empresa da maçã removeu a opção do uso do tradicional chip de plástico das operadoras de telefonia celular. A decisão é mais uma na lista de tecnologias antigas que a empresa ajudou a tornar obsoletas, como o leitor de CD dos notebooks.

Mas, os amantes do chip tradicional ainda não devem se assutstar. No Brasil, por enquanto, o iPhone 14 será lançado com a bandeja tradicional do chip de telefonia, medida também tomada em outros mercados pelo mundo. Só nos Estados Unidos é que o smartphone da Apple terá uso exclusivo do chamado eSIM. A tecnologia consiste em um chip eletrônico programável que a operadora usa para configurar o seu número. Não é algo novo. Desde que fez a estreia dos relógios inteligentes da Samsung, em 2016, a tecnologia chama a atenção de analistas de mercado, operadoras e fabricantes de dispositivos inteligentes.

Para a Apple, sair na frente com o eSIM é uma forma de prender o consumidor dentro do ecossistema do iPhone. A migração para outras marcas de celulares daria um trabalho adicional de configuração de um novo chip físico de operadora. A medida é uma das muitas da Apple nesse sentido. Até pouco tempo atrás, não havia como fazer a migração de conversas no WhatsApp para celulares da concorrência e até hoje não há uma integração entre o seu sistema operacional e o do Android, usado por todos os rivais.

Crescimento do esim é inevitável

Segundo levantamento da consultoria americana Grand View Research, o faturamento global do eSIM passará dos US$ 8 bilhões de 2019 para US$ 26 bilhões em 2027. Em número de linhas ativas, a Juniper Research estima que o uso do eSIM saltará de 1,2 bilhão em 2021 para 3,4 bilhões em 2025. A demanda será impulsionada pela transição que levará ao fim do chip de plástico das operadoras de telefonia e também pela maior necessidade de conexão de objetos que hoje estão “offline”, como carros e máquinas industriais. Além disso, as máquinas de pagamento também devem acelerar o uso do eSIM nos próximos anos.

Só no ano de 2020, foram produzidos 4,5 bilhões de chips de operadoras. De acordo com estimativa das empresas francesas Thales e Veolia, a transição para opções mais verdes de chips pode resultar em 15 mil toneladas a menos de emissões de CO2 (gás carbônico).

Vantagens e desvantagens

O eSIM também tem vantagens como a maior facilidade de encontrar um smartphone perdido ou roubado, uma vez que não é possível, como hoje, simplesmente remover o chip facilmente. Por outro lado, o consumidor precisará acionar as empresas de telefonia quando quiser trocar de operadora.

Diferentemente do que acontece atualmente, o procedimento de configuração de um chip eletrônico não é tão simples quanto o de um chip físico, que já tem uma jornada simplificada de ativação via serviço telefônico. Ou seja, as empresas precisarão melhorar seus processos de ativação de eSIM para que os consumidores e o mercado corporativo passem a utilizar essa solução mais verde.

O que dizem as operadoras

As principais operadoras do País, Claro, Vivo e TIM, já oferecem o eSIM. A Claro já oferece a tecnologia desde 2016 para smartphones compatíveis, como iPhones e os celulares de tela dobrável da Samsung Z Fold3, e o Z Flip3. A empresa informou que o consumidor precisa ir até uma loja e solicitar a migração do chip antigo para um eSIM, pelo mesmo custo de um chip comum. A ativação pode ser feita tanto na própria loja quanto no site da operadora.

A TIM também informou que tem o eSIM desde 2019 e trabalha com os 30 modelos compatíveis com a tecnologia. Para a empresa, a demanda pelo produto deve aumentar devido ao uso de celulares comprados nos Estados Unidos. O consumidor também precisa ir até uma loja física para fazer a migração do chip comum para o eSIM, com custo de um novo chip comum (R$ 15).

A Vivo não respondeu ao contato da reportagem sobre o eSIM, apesar de ter o produto em seu site.

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