Após a sessão ordinária desta segunda-feira, 22, parece que alguns vereadores não ficaram satifeitos em ficar apenas no discurso de indignação e resolveram partir para a ação. Proposta inicialmente pelo vereador Moacir Camerini (PDT), a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Bento Gonçalves, para apurar um possível esquema de compras de emendas para mudar o Plano Diretor e permitir a construção de prédios nos bairros São Bento e Planalto, começou a ganhar força nesta terça-feira, dia 22. Os três vereadores da bancada do MDB assinaram o requerimento e agoram faltam apenas duas assinaturas para que a investigação inicie.
A bancada do MDB na Casa, formada por Agostinho Petroli, Elvio de Lima e Idasir dos Santos – que também protocolaram um requerimento pela CPI – aderiu ao pedido, que foi reformulado em conjunto e agora conta com quatro das seis assinaturas necessárias. O grupo tentará, daqui para frente, mobilizar os demais parlamentares, para que o Legislativo bento-gonçalvense investigue a denúncia de que seis edis teriam recebido uma propina de R$ 40 mil cada para aprovar as alterações no ordenamento urbano do município.
CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE. É RÁPIDO E FÁCIL!!!
O escândalo, que já é alvo de um inquérito do Ministério Público (MP), só veio à tona após a divulgação de um áudio no qual o vereador Gustavo Sperotto (DEM) foi flagrado falando sobre o suposto esquema a moradores de um bairro, durante uma reunião de trabalho, provavelmente realizada em abril. Na sessão desta segunda-feira, 21, com 15 votos dos 17, Sperotto foi afastado da Comissão de Ética, da qual era relator.
O Plano Diretor, juntamente com as emendas apresentadas por vereadores, seria votado ainda no final de 2017, mas foi arquivado na época a pedido da prefeitura. Com o recente pedido de desarquivamento do projeto, ele deve ser apreciado em Plenário nas próximas semanas, juntamente com as polêmicas emendas parlamentares, que também foram desarquivadas.