Quinta, 03 de Julho de 2025
1°C 13°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Entidades do setor produtos criticam aumento da Selic

Para CNI e Firjan, decisão prejudicará recuperação da economia

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Agência Brasil
15/06/2022 às 20h20
Entidades do setor produtos criticam aumento da Selic
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) para 13,25% ao ano foi recebido com críticas pelo setor produtivo. Para entidades da indústria, a decisão equivocada e prejudicará a recuperação da economia. 

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a taxa Selic está num nível que inibe a atividade econômica. Para a entidade, os aumentos realizados neste ano se refletem em uma taxa real (juros menos a inflação) elevada, num momento em que a inflação começa a desacelerar.

“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Para a confederação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de maio mostrou que os preços dos bens industriais começaram a desacelerar e continuarão nesse movimento no segundo semestre, ainda refletindo os aumentos anteriores dos juros. A entidade também destacou que os preços internacionais de bens agrícolas e da energia mostram estabilidade, após a incorporação do choque provocado pelo conflito na Ucrânia.

Firjan

Em nota, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considera que a Selic não pode ser o único instrumento para contornar o quadro generalizado de aumento de preços que assola a economia brasileira. “A pandemia da covid-19 e posteriormente a guerra na Ucrânia evidenciaram problemas estruturais no mundo todo. O setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da alta dos custos de produção e a população sofre com a deterioração da renda”.

A nota da entidade diz que a continuidade do ciclo de alta da taxa de juros, ainda que em menor magnitude, é duplamente indesejável. “Primeiro, porque sacrifica ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Segundo, porque adiciona um fator de alerta no âmbito fiscal ao elevar o custo do endividamento do setor público”, avaliou. 

A Firjan informou ainda que se busque por outras medidas que possam levar à queda persistente da inflação e à retomada sustentável do crescimento. “É preciso manter a responsabilidade fiscal e preservar o atendimento básico das necessidades da população. A federação reafirma que, diante de um cenário de elevada incerteza, é imprescindível uma política monetária mais moderada e que atenda aos desafios de crescimento econômico do país”, destacou. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje (15) elevar a taxa Selic, de juros básicos da economia, de 12,75% para 13,25% ao ano. Depois de dois aumentos seguidos de 1 ponto percentual, a taxa foi elevada em 0,5 ponto.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Bento Gonçalves, RS
14°
Tempo limpo
Mín. Máx. 13°
13° Sensação
1.34 km/h Vento
49% Umidade
0% (0mm) Chance chuva
07h20 Nascer do sol
07h20 Pôr do sol
Sexta
15°
Sábado
16°
Domingo
17°
Segunda
18°
Terça
16°
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,42 -0,10%
Euro
R$ 6,37 -0,37%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 628,949,11 +0,14%
Ibovespa
141,207,50 pts 1.55%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada