Envolvido no maior desmatamento da história de Bento volta a agir em outro empreendimento

Parece que as irregularidades que circundam a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Bento Gonçalves não param, mesmo tendo o prefeito Diogo Siqueira como responsável pela pasta. Um dos sócios da empresa que estava promovendo o maior desmatamento da história da Capital do Vinho, está agindo novamente e cometendo novas irregularidades, só não se sabe, ainda, se com o auxílio do poder público ou não.

No Loteamento Paim, às margens da BR 470, a empresa Gehlen Administração de Imóveis está realizando a supressão de árvores no local para a construção de um empreendimento. Até aí, nenhum problema. Acontece que, as placas colocadas no local para identificar a licença de operação não correspondem ao empreendimento. Os números da licença são respectivamente das empresas Fraato Indústria de Embalagens Plásticas (L0 017/2021) e DM Estofados Ltda (L0 038/2021).

A denúncia foi feita no programa Ponto & Vírgula, da TV COM Bento Gonçalves, pelo advogado Adroaldo Dal Mass. Ele não chegou a apresentar a documentação, mas só o fato de ter denunciado o caso publicamente, fez com que a empresa providenciasse a imediata retirada das placas da frente do empreendimento. 

Quem são os sócios da empresa 

A empresa Gehlen Administração de Imóveis é de propriedade de Leocir Gehlen e Maria Luisa Severo Gehlen. Leocir, conhecido no ramo da construção civil pelo apelido de Pelé, é um dos sócios da empresa Loteamento Industrial 470 Ltda, responsável por um dos maiores desmatamentos da história de Bento Gonçalves, ocorrido em uma área de 2,6 hectares, às margens da BR 470. Durante operação da Patrulha Ambiental, o servidor público municipal, Alexsandro Portilho, apresentou-se como o responsável pela obra. Porém, até o momento, o servidor não se manifestou sobre quem são os demais responsáveis pelo empreendimento. 

O que diz a prefeitura de Bento Gonçalves

A prefeitura de Bento Gonçalves informou que a responsabilidade pela colocação das placas é do empreendedor. Porém, a fiscalização já identificou o equívoco por parte da empresa e a notificou para fazer a alteração. Segundo o poder público, a obra possui licenciamento ambiental, inclusive informando que a licença é específica e fala do quanto a empresa pode intervir no local. A licença seria de 1º de junho de 2021, porém, não foi informado o número da licença para consulta.