O Governo Federal definiu o preço de R$ 0,92 pelo quilo da uva na safra de 2017/2018. O valor foi estipulado pelo Conselho Nacional Monetário, sendo referente à variedade Isabel de 15 graus. A mesma é a base para a produção de todas as espécies da fruta. No entanto, o setor sustenta que o custo para o cultivo da Isabel é de pouco mais de R$ 1,00, e, que o preço determinado dificulta o desenvolvimento da viticultura.
A reivindicação da classe por um mínimo mais alto é recorrente. Um dos pontos defendidos é que o baixo retorno pelo quilograma da uva é um dos fatores que contribuem para o êxodo de pessoas da área rural para a urbana.
A resolução, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foi publicada na sexta-feira, 8 de dezembro, no Diário Oficial da União. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Márcio Ferrari, afirma que a portaria é recebida com desgosto pela categoria. Relata as dificuldades do trabalho feito, declarando que há uma falta de perspectivas de bons resultados no mercado.
Ferrari também defende que, para o fortalecimento do setor, as vinícolas deveriam pagar melhor aos viticultores. Conforme ele, assim a matéria-prima do vinho poderia ter um ganho em qualidade. Ao mesmo tempo, se estende o pedido para que o consumidor priorize os vinhos e sucos nacionais. Atualmente, as bebidas têm a forte concorrência de produtos importados.