Moradores dos bairros Vila Nova e Eucaliptos reclamam sobre o abandono das obras realizadas no posto de saúde, localizado no Vila Nova, que atende famílias de ambos os bairros. Em setembro de 2016, foram iniciadas as reformas, as quais incluem melhorias gerais na infraestrutura do local, bem como sua ampliação. O prazo de entrega previsto era até fevereiro de 2017, mas passados nove meses da previsão inicial, a obra ainda não foi concluída e está completamente parada. Por conta disso, moradores dos bairros necessitam se deslocar, muitas vezes de a pé, até os postos da Fenavinho e Licorsul, gerando filas no atendimento médico.
A falta do posto de saúde no bairro Vila Nova, onde terá duas equipes de Saúde da Família em uma única unidade, está sobrecarregando o atendimento nos postos dos bairros próximos. Os moradores do Vila Nova e do Eucaliptos afirmam que é preciso chegar de madrugada para conseguir ficha para atendimento nos postos da Fenavinho e da Licorsul por conta desse problema. No posto de saúde da Fenavinho, há pouca circulação de transporte coletivo, obrigando muitos moradores a se deslocarem de a pé até o posto para atendimento médico.
Segundo o secretário municipal da saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, a falta de repasses por parte do governo federal fez com que a obra paralisasse. De acordo com ele, a obra está em sua reta final, aguardando o repasse de verbas para iniciar as reformas da última etapa de obras no posto de saúde. "Infelizmente a gente vive uma realidade no Brasil em que o governo federal não faz os repasses em dia. Esse tipo de obra é feita em etapas, então para você conseguir receber uma etapa é um trabalho burocrático, que o governo está atrasando essas medições. Mas o que é garantido é que esse recurso existe, a gente já teve a última medição há aproximadamente 60 dias, então a gente acredita que esse último repasse dessa verba dessa obra seja depositado até o final do ano", afirma o secretário.
A empresa responsável pela construção paralisou as obras devido à falta de repasse de verbas para sua continuação. "Obviamente a empresa resolveu por cessar, fazer uma paralisação dessa obra pois não consegue se manter. Ela não vai manter a obra colocando só capital de giro tendo muitas vezes que aumentar o valor dela porque não consegue pagar essa obra", explica Diogo. A expectativa da Secretaria Municipal da Saúde é que, com a devolução de recursos no final do ano, como é de praxe nos municípios, essas verbas sejam realocadas para onde não foram feitos repasses. "Como já tem a aprovação da Caixa Federal e do próprio Ministério da Saúde, então é só uma questão de dias", comenta Diogo.