Passados mais de um mês em que a Escola Estadual Cecília Meireles foi atingida por uma descarga elétrica, o prédio danificado permanece interditado. Porém, o raio não causou estragos apenas no prédio atingido, mas também em toda a parte elétrica da escola. A instituição de ensino está funcionando com desinterdição parcial, já que a escola não possui Plano de Prevenção de Incêndio (PPCI). A expectativa da 16ª Coordenadoria Regional de Ensino (16ª CRE) é que as obras sejam iniciadas durante o intervalo de férias do período letivo. 

Atualmente, a escola está realizando suas atividades normalmente por conta da desinterdição parcial por parte do corpo de bombeiros. A escola realizou reparos paliativos nos locais liberados para que não ocorresse uma nova descarga elétrica, porém, as obras efetuadas pela direção não eximem de possíveis danos futuros nas instalações elétricas como, por exemplo, um curto circuito. “’Fizemos uma série de reparos paliativos, por isso da minha insistência, de eu ter ciência da minha responsabilidade civil na minha posição de diretora, que a obra aconteça o quanto ante, porque o quanto antes eu consigo realizar as obras, mais segurança eu coloco toda a comunidade da escola”, ressalta a diretoria do Cecília Meireles, Marilei Anderle. 

Antes de ser atingida pelo raio, a escola, junto com a 16ª CRE, efetuou um pedido de melhorias na parte elétrica do local em maio de 2016, porém, até hoje, só foram destinados R$ 150 mil reais que, com essa verba, segundo a diretora, só seria possível realizar reformas em apenas quatro salas de aula. A verba está na conta da autonomia da escola em fase de projeto, aguardando o processo de licitação. “Em função deste pedido em 2016, fomos contemplados, no mês de junho, com R$ 150 mil do BIRD, mas o governo destinou o dinheiro sem fazer um projeto orçamentário de quanto seria a obra de cada escola. Ele simplesmente levou em conta a proporção de alunos”, explica a diretora. 

As exigências por parte do corpo de bombeiros vão desde a acessibilidade e sinalização, melhorias que estavam previstas no projeto solicitado em 2016, até a fiação elétrica, principal problema enfrentado pela escola. Como a estrutura da escola é antiga, também deverão ser realizadas reformas nos telhados. No prédio interditado, há sete salas de aula e uma sala de informática. Os alunos foram realocados em outros prédios. Muitas turmas estão realizando suas atividades na biblioteca da instituição de ensino e na sala de música. No turno da manhã, as turmas do 3º Ano do ensino médio se tornaram uma única turma. “Em uma sala em que tem espaço para 28 classes, estamos atendendo 55 alunos”, ressalta Marilei. 

A diretora agora está buscando apoio político e da comunidade para que as obras se concretizem se sejam agilizadas por parte do poder público para que a escola esteja completamente liberada em 2018 para a realização de suas atividades no período letivo. “Estamos mobilizando a comunidade para ter apoio político para que a obra se concretize, porque pelos trâmites legais leva um tempo bastante grande. Se existe a percepção que tem uma comunidade extremamente envolvida e que está lutando para isso, sempre se consegue uma maior brevidade para que as obras aconteçam”, explica a diretora do Cecília Meireles. 

Segundo a coordenadora adjunta da 16ª CRE, Margarete Bottega, os trâmites legais dentro das possibilidades da escola e da entidade foram realizados. A 16ª CRE enviou à Secretaria de Obras do estado um pedido de reforma emergencial para a Escola Cecília Meireles. “O que dependia da gente, nós já fizemos. Fomos atrás de engenheiro elétrico para averiguar a situação, a parte técnica, o encaminhamento do processo com todos os papéis, agora estamos aguardando o movimento via secretaria de obras do estado.”, explica a secretaria adjunta. 

Estima-se que será necessário mais de R$ 1 milhão para que todas as obras de reparos e infraestrutura para atender as exigências do corpo de bombeiros sejam realizadas. A expectativa por parte da 16ª CRE é que a obra esteja em processo avançado de concretização no período de férias dos alunos, não interferindo nas atividades curriculares.