Os agentes da Polícia Civil decidiram declarar greve a partir desta segunda-feira, 9 de outubro. A ação foi tomada após assembleia geral realizada ainda na quinta-feira, 5 de outubro, em Porto Alegre. A paralisação, conforme a Ugeirm e Asdep, será mantida até que o governo Sartori integralize os salários dos servidores da Corporação. Um novo encontro foi convocado para a quarta-feira para avaliar as ações do movimento. Algumas ocorrências só poderão ser registradas pela internet. Quem precisar do serviço deve acessar o site da Polícia Civil, na área da Delegacia de Polícia Online.
Com a decisão, a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) atenderá somente ocorrências policiais de urgência e emergência relativas a flagrantes, e as com envolvimento de crianças e idosos, além do trabalho de recolhimento de cadáveres. Não haverá circulação de viaturas nem cumprimento de mandados de busca e apreensão.. As demais ocorrências devem ser feitas pelo site da delegacia online.
Durante a assembleia, o diretor da Ugeirm, Cláudio Wohlfahrt, comentou o encontro dos representantes sindicais com a cúpula do governo estadual, no Palácio Piratini. Ele salientou que as duas principais exigências da categoria não foram atendidas: o fim definitivo dos parcelamentos e a efetivação das promoções atrasadas. Conforme a Ugeirm, “depois de terem a data adiada por três vezes, este ano, o governo afirmou que (as promoções) não poderão sair. O secretário também informou que as promoções dependem do fluxo de caixa e da assinatura do Programa de Recuperação Fiscal com a União”.
Em princípio, pelas informações extraoficiais do governo, a quitação dos 100% da folha dos funcionários públicos se encerra dia 17. Até a data prevista a greve deverá ser mantida, exceto se houver o pagamento dos salários antes do prazo especulado.