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Até novembro, Estado deve ter dias de temperaturas mais amenas

Rio Grande do Sul tem registrado, de uma forma geral, mínimas abaixo da média para este período

11/10/2021 às 09h12
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Metsul
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(Reprodução)
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Até quando vai o frio e quando chega o calor? Este tem sido um questionamento muito recorrente neste mês de outubro, com uma sequência longa de dias de temperatura abaixo da média e muitos com abundante nebulosidade e chuva no Sul do Brasil, como um prolongamento do inverno que ainda não permitiu se instalassem as características típicas da primavera.

Porto Alegre, por exemplo, terminou os primeiros dez dias deste mês com temperatura média 2ºC abaixo do que é normal para o mês de outubro e nenhum dia com máxima de 25ºC ou mais, que é a média máxima histórica do mês. A última vez que a capital gaúcha teve uma tarde de calor, considerando um dia de máxima igual ou acima de 30ºC, foi em 12 de setembro, com 30,4ºC.

Esta é uma realidade que se estende às demais regiões do Sul do Brasil. Todo a parte meridional do país está com temperatura máxima abaixo ou muito abaixo da média até agora em outubro. No caso das mínimas, o Rio Grande do Sul registra temperatura mínima abaixo da média.

O que explica? O Rio Grande do Sul teve dias de tempo aberto na madrugada e alta frequência de massas de ar frio, resultando em mínimas e máximas abaixo da média. Santa Catarina e Paraná, ao contrário, tiveram vários dias com abundante nebulosidade e ainda sob influência de ar frio, o que determinou mínimas mais altas e máximas baixas para a época do ano.

A semana que começa terá no Rio Grande do Sul aquecimento na quarta e na quinta, com máximas de até 30ºC em algumas cidades. Não será calor intenso e, ademais, durará muito pouco porque no final da semana volta a chover com mais uma frente fria que precede outra incursão de ar frio. A tendência é de que nos próximos 30 dias predominem os dias de temperatura abaixo da média, logo, o calor será raro e esporádico.

Ao longo do mês de novembro, muitos dias ainda devem ter temperatura abaixo da média, mas a frequência de dias de calor começa a aumentar. Não se desenha, portanto, um mês de novembro quente. Os dados hoje indicam que dezembro poderia ser mais quente, entretanto a possibilidade que esta projeção mude para um cenário mais perto da média ou abaixo é real.

Com a primavera mais fria no Sul do Brasil e a tendência de manutenção nas próximas semanas da temperatura abaixo da média na região, a chuva acaba sendo mais abundante em diversas áreas do Centro do país, o que é positivo diante das crises hídrica e energética. Mesmo no Sul do Brasil, o fato de a temperatura estar abaixo do normal implica menor uso de ar-condicionado, o que, com o alto custo da energia elétrica, contribui para a economia de luz.

Este padrão de temperatura abaixo da média nestas primeiras semanas da primavera ocorre por efeito do resfriamento do Pacífico Equatorial que levará a um outro episódio de La Niña, mas decorre, fundamentalmente, do que ocorre na Antártida. A Oscilação Antártica entrou em uma fase negativa, logo o cinturão de vento forte ao redor do continente gelado que mantém o ar frio sobre o Sul do planeta enfraqueceu. Como resultado, o jato polar ondula mais e frentes frias com ar frio na retaguarda avançam em maior número pela América do Sul.

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