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Cinomose: O que você precisa saber sobre ela?

No Brasil, a doença ainda é considerada endêmica, e não controlada principalmente nas populações de cães de rua

14/09/2021 às 10h33 Atualizada em 27/10/2021 às 09h48
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: petcare
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vetprofissiona - Divulgação
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O QUE CAUSA A DOENÇA CINOMOSE?

A Cinomose é causada por um vírus que não afeta as pessoas nem os gatos. O primeiro caso de Cinomose foi registrado na França em 1905 pelo Veterinário Henri Carré.

QUAIS ANIMAIS PODEM PEGAR A DOENÇA?

A Cinomose é uma virose que atinge várias famílias de Canídeos (cães),  furões, doninhas, guaxinins, gambás, hienas, quatis, leões marinhos, focas, morsas e alguns felinos mas não o gato doméstico.

 QUAIS ALTERAÇÕES ESSE VÍRUS CAUSA NO CÃO?

Após a exposição ao vírus, o animal pode ter febre e diminuição  dos linfócitos (células de defesa do organismo). O vírus caminha pelos  linfonodos (gânglios) e vias linfáticas em direção ao epitélio superficial  do trato respiratório, gastrointestinal, urogenital e sistema nervoso  central onde passa a se replicar levando a alterações clínicas nesses órgãos.

QUAIS SINTOMAS O ANIMAL PASSA A APRESENTAR?

O início pode ser somente uma febre nos primeiros 3 a 6 dias, com sinais de apatia, depressão e perda de apetite. Sinais gastrointestinais com uma diarreia leve normalmente são  observado. Depois disso, surgem os sinais respiratórios e conjuntivite com complicações secundárias causadas pelas bactérias, quando então observamos as secreções purulentas (remelas) nos olhos e nariz.

Nesse período o cão também pode desenvolver tosse e novamente febre. Depois disso o vírus continuando sua migração via gânglios e atinge o sistema nervoso central, quando então o animal apresenta sinais neurológicos que podem variar desde uma simples depressão e dor de cabeça até convulsões e mioclonias (movimentos  musculares involuntários). Endurecimento dos coxins (almofadinha das patas)  assim como hiperqueratose do nariz (a superfície do nariz fica mais rígida e grossa) são menos frequentes. Se o animal é jovem podemos observar também hipoplasia do esmalte dos dentes (dentes manchados) que podem ficar como sequela por toda a vida do cão.

COMO O CACHORRO PEGA ESSA DOENÇA?

Normalmente através do contato direto com outros cães infectados que estão eliminado o vírus nas secreções, como saliva, secreção ocular e nasal, na urina e nas fezes.

 FÊMEAS GRÁVIDAS DOENTES PODEM PASSAR A DOENÇA PARA OS FETOS?

A infecção intra uterina é considerada rara, mas pode ocorrer nas cadelas  que não possuem anticorpos contra a doença (cadelas não vacinadas), podendo levar ao aborto ou nascimento de filhotes infectados que passam a desenvolver a doença com 4 a 6 semanas de vida.

SE A MÃES ESTÁ VACINADA O QUE OCORRE COM OS FILHOTES?

O mais comum é a cadela vacinada passar os anticorpos que possuí contra a doença por via mamária (pela ingestão do colostro pelos filhotes que ocorre nas primeiras 24 horas de vida). Esses anticorpos vão proteger os filhotes até 35 a 45 dias de idade, quando o número de anticorpos começam a diminuir. Por esse motivo (queda dos anticorpos maternos adquiridos) é que nessa época tem o início da vacinação .

 A CINOMOSE TEM TRATAMERNTO OU CURA?

O tratamento infelizmente se restringe a tratar as doenças associados a doença, como pneumonia, infecções oportunistas, vômitos e diarreias além do controle da dor e das convulsões. Infelizmente não existe tratamento curativo e contamos somente com a imunidade do animal e do tratamento de suporte para enfrentar a doença. Tratando essas doenças oportunistas associadas a cinomose, o animal se respondendo bem, pode sim se curar da doença, ficando ou não com algumas sequelas (como convulsão, tiques nervosos, manchas nos dentes etc).

COMO PREVINIR A DOENÇA?

O método mais eficiente de prevenir a doença é com a vacinação que deve se iniciar com 35 a 45 dias de idade e depois com reforços anuais. Evitar que o animal tenha contato com animais de origem desconhecida, quer sejam cães de rua ou outros animais silvestres acima relatado também ajuda.

QUANDO SACRIFICARO ANIMAL TORNA-SE A ÚNICA ALTERNATIVA?

Normalmente quando esgotados todos os recursos terapêuticos e quando a doença compromete a qualidade de vida do paciente sem chance de recuperação. Associado a isso temos que considerar o risco desse animal doente e sem  chance de cura estar espalhando o vírus no ambiente e contaminando outros animais.

 COMO A DOENÇA SE MANIFESTA NO BRASIL. QUAIS SÃO OS RISCOS?

No Brasil a doença ainda é considerada endêmica, e não controlada principalmente nas populações de cães errantes (cães de rua). As campanhas de vacinação públicas não oferecem essa vacina gratuitamente e assim as populações mais carentes normalmente encontram dificuldade em vacinar os seus cães fazendo com que a doença permaneça no ambiente. Nos Estados Unidos a doença é considerada praticamente controlada em animais domésticos, sendo encontrada ainda em animais silvestres, como gambás, coiotes, racoons entre outros. As campanhas de vacinação em massa, o controle dos animais  silvestres e principalmente o controle dos cães de rua, ajudam a controlar a doença praticamente erradicando-a na maioria dos estados americanos.

 

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