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Pelo amor ou pela dor

Em seu comentário, Sergio Almeida fala sobre as questões envolvendo o bullying na infância.

23/04/2021 às 12h55 Atualizada em 23/04/2021 às 13h04
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Sergio da Silva Almeida
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Pelo amor ou pela dor

No dia 7 de abril de 2011, um ex-aluno invadiu armado uma escola, no Bairro do Realengo, Rio de Janeiro, e matou doze estudantes, além de ter deixado outros 20 feridos. Logo após a ação, o atirador, que havia sofrido bullying durante o período escolar, cometeu suicídio. A data foi escolhida como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, e tem o objetivo de alertar que a brincadeira, quando constrange o outro, não é brincadeira, é desrespeito. E se quiser saber se eu senti isso na pele, basta observar na imagem anexa ao texto o tamanho da minha cabeça quando criança... 

No Brasil, segundo pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes 2018 (PISA, em inglês), 1 em quase cada 3 estudantes sofre bullying. Porém, o fenômeno é antigo. Para nós, cristãos, o primeiro caso de bullying está registrado no Livro de Gênesis, e ocorreu entre dois irmãos: Caim e Abel. Ambos fizeram uma oferta a Deus, que se agradou da oferta de Abel, mas da oferta de Caim, não se agradou. E o resto você já sabe: o sentimento de inferioridade de Caim diante de Abel o levou a atacar seu irmão, o seu adversário na disputa pela atenção de Deus.

Além de incentivar a solidariedade e o respeito às diferenças, psicólogos acreditam que exercitar a empatia já nos primeiros anos de vida da criança pode ser uma importante ferramenta contra o bullying. No mês passado, o jornal mexicano Excelsior fez matéria sobre a tia que, ao flagrar o sobrinho rindo de uma garotinha que estava revirando as lixeiras em busca de material reciclável, lhe aplicou um castigo: o obrigou a vender chicletes na rua com uma folha A4 pendurada em seu pescoço, que dizia: “Vendo chicles porque humillé a una niña de bajos recursos”. O propósito era estimular no menino a capacidade de reconhecer a dor do outro pelo olhar daquele que, de fato, a está sentindo. As fotos foram postadas nas redes sociais, e dividiram opiniões. Alguns alegaram que humilhar um menor de idade para que ele pare de humilhar outro menor de idade não parece ser uma boa ideia. Outros apoiaram a atitude da tia, pois era preciso ensinar o menino que ter mais do que os outros não é motivo para torná-los alvo de chacota. É certo que ninguém tem a receita certa, mas quando li o texto, lembrei de um ensinamento de meu pai: “Filho, na vida ou se aprende pelo amor ou pela dor”.

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