Quinta, 10 de Julho de 2025
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Errar é humano, perdoar é canino!

Aprendi a respeitar a dor de quem perde um animal de estimação

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Sergio da Silva Almeida
28/03/2021 às 11h20 Atualizada em 28/03/2021 às 12h07
Errar é humano, perdoar é canino!

A vida não está fácil para os pets durante a pandemia. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, a crise, o medo de que animais transmitam o coronavírus e a mudança de vida causada pela Covid-19, geraram uma “epidemia de abandono” de cães de estimação no Brasil.

Em Cachoeira do Sul, à beira do Rio Jacuí, um cachorro foi deixado para morrer por um casal. E, demonstrando lealdade incondicional ao seu dono, correu atrás do carro, como que pensando: “Meus donos sempre tentam ser bons, mas às vezes acabam falhando, pois são apenas humanos, não um cachorro como eu". Porém, provou o gosto amargo da decepção quando, num ato de extrema crueldade, o motorista deu ré e passou por cima de suas patas. Ferido, como o ator Tom Hanks em O Resgate do Soldado Ryan rastejou pela areia escaldante até chegar à Praia Nova, onde foi resgatado pelos veranistas. Ainda assim, precisou ser sacrificado.

Quem me conhece sabe que eu mimo meu Shih Tzu. Até dei a ele um Dreams Pet, o colchão magnético eko’7 da Santé Sono & Bem-Estar. E minha esposa Marta costuma brincar: “Onde o Sérgio vai o Pipo vai atrás!”. Outro dia, precisei pegar algo no carro e, por descuido, deixei o portão de casa aberto. Após abrir o porta-malas, notei um homem puxando uma guia dupla com dois cães de grande porte que pareciam estar brigando entre si. Não dei bola, e retornei. Por sorte, antes de fechar o portão dei mais uma espiada na briga. E notei uma bolinha de pelos suja de terra e sangue lutando bravamente pela vida debaixo dos cães. Logo vi que se tratava de um Shih Tzu. Mas foi quando reconheci a coleira que “a ficha caiu”: “É o meu cachorro!”. Saí em disparada para salvá-lo e, ao puxá-lo debaixo dos brutamontes, um dos cães abocanhou a sua cabeça. Consegui ouvir o som dos dentes no crânio e com a mordida o olho direito do Pipo saltou para fora. Numa atitude de amor, enfiei o pé no pescoço do cãozarrão e resgatei meu amigo de dentro da bocarra, aos gritos de: “Larga ele!”. Desde então, aprendi a respeitar a dor de quem perde um animal de estimação.

Peraí, não fique triste, pois graças ao atendimento veterinário o Pipo está recuperado. E às vezes, quando fica me olhando com aquela carinha de cachorro abandonado, parece dizer: “Eu não te culpo por ter deixado o portão aberto. Errar é humano, perdoar é canino!”

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