Situação na UTI do Hospital de Garibaldi é considerada crítica

Após o Hospital Tacchini entrar em colapso em Bento Gonçalves, mais um hospital da região está enfrentando problemas para atender pacientes, principalmente na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Na tarde deste sábado, 6 de março, os integrantes do Comitê de Combate ao Coronavirus de Garibaldi estiveram reunidos no gabinete do prefeito Alex Carniel para discutir a situação do Hospital São Pedro. A casa de saúde está eme stado crítico e tem dificuldades em receber novos pacientes.

De acordo com a médica coordenadora da UTI Covid do Hospital Beneficente São Pedro, Lilian Pasin Jacobi, a situação é extremamente grave. "Estamos com a UTI e a enfermaria Covid lotadas. Temos 10 vagas na UTI, e hoje, 11 pacientes necessitando do atendimento. Esse cenário, nunca foi visto em nossa cidade, em nenhum momento da pandemia. Precisamos de ações mais firmes agora, para garantir a nossa saúde, em um curto espaço de tempo", afirma.

Após o término da reunião, o prefeito esteve visitando o hospital. "Estamos adotando medidas para atender a todos, como a ampliação de leitos clínicos, mas chegamos a uma situação preocupante. Não sabemos se todos serão atendidos. O número de casos positivados no município é alto e precisamos adotar medidas mais enérgicas para que possamos controlar a circulação desse vírus. Peço encarecidamente que cada garibaldense valorize a sua vida e proteja a do outro. Sem descuidar das consequências econômicas, o momento é de extrema atenção e exige cuidados redobrados”, salientou o prefeito Alex Carniel.

Com o objetivo de reduzir a movimentação de pessoas e assim, evitar ainda mais, a disseminação do vírus, a Prefeitura, através da Secretaria de Segurança e da Brigada Militar estará intensificando a fiscalização durante o fim de semana. O novo decreto publicado pelo Governo na sexta-feira, 5, mantém o Estado em Bandeira Preta e amplia a suspensão das atividades não essenciais, entre às 20h e 5h, até o dia 31 de março. Entre as medidas adotadas, os estabelecimentos estão proibidos de vender produtos considerados não essenciais.  Além disso, o regramento estabelece elevados valores de punição (multa), em caso de descumprimento das normas de enfrentamento à pandemia.