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Generais Heleno e Paulo Sérgio mantêm contato em prisão no CMP

Ex-ministros do GSI e da Defesa estão detidos em Brasília desde terça-feira.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
28/11/2025 às 08h40
Generais Heleno e Paulo Sérgio mantêm contato em prisão no CMP
Reprodução/Especial

Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, que cumprem pena em regime fechado pela tentativa de golpe de Estado, podem manter contato no Comando Militar do Planalto (CMP) em Brasília, onde estão detidos desde terça-feira (25). A possibilidade de interação ocorre durante horários de refeições e banho de sol, apesar das acomodações não serem próximas.

Ambos os ex-ministros, que ocuparam cargos no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e no Ministério da Defesa, estão em salas de Estado-Maior no CMP. A restrição de contato entre os integrantes do núcleo 1 do plano de golpe foi revogada em junho pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a conclusão da fase de interrogatórios. A decisão permitiu que os generais se encontrassem em determinadas situações, o que ocorre agora.

As condições de detenção incluem quartos equipados com cama de solteiro, frigobar, escrivaninha e acesso à TV aberta. O Exército tem evitado divulgar detalhes sobre a prisão, buscando minimizar a exposição dos ex-ministros. Eles estão sob custódia do general de quatro estrelas Luiz Fernando Estorilho Baganha, atual chefe do Departamento-Geral de Pessoal, que foi subordinado a Heleno no governo de Jair Bolsonaro.

A operação que resultou na prisão de Heleno e Paulo Sérgio foi conduzida por Baganha e pelo general Francisco Humberto Montenegro Júnior, atual chefe do Estado-Maior do Exército. Montenegro, que foi chefe de gabinete de Nogueira, é considerado uma figura relevante na estrutura militar atual, o que gera um clima de desconforto entre os militares.

Os detalhes da detenção foram acertados na semana anterior entre o comandante do Exército, general Tomás Paiva, o ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal (PF). Este acordo possibilitou que os ex-ministros não fossem presos por policiais federais e que o exame de corpo de delito fosse realizado dentro do CMP, acompanhado por agentes da PF.

Augusto Heleno, de 78 anos, foi condenado a 21 anos de prisão, enquanto Paulo Sérgio Nogueira, de 67 anos, recebeu uma pena de 19 anos, ambas em regime inicial fechado. As sentenças refletem a gravidade das acusações relacionadas à tentativa de golpe, que continua a ser um tema central no debate político e militar do país.

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