
Um grupo de mulheres, conhecido como as "Divas", foi desmantelado pela Polícia Civil em Canoas, após uma investigação que revelou um esquema de furtos e gastos excessivos com cartões de vítimas. Em outubro, as criminosas roubaram a carteira de uma idosa e, em uma única tarde, gastaram cerca de R$ 10 mil das economias da vítima, levando à deflagração da Operação Divas, que culminou na prisão de três suspeitas.
De acordo com a apuração da 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, as integrantes da gangue eram especializadas em subtrair cartões bancários, realizar saques e contrair empréstimos utilizando os dados das vítimas. Uma das vítimas identificadas sofreu um prejuízo total de R$ 30 mil, incluindo um empréstimo de R$ 20 mil que foi contraído em seu nome. O delegado Marco Guns, responsável pela investigação, expressou indignação ao relatar os detalhes do crime.
As imagens das câmeras de segurança do Canoas Shopping foram fundamentais para a identificação das criminosas, que eram reconhecidas por vendedoras do local devido ao seu comportamento ostentatório. "Elas eram vistas gastando dinheiro em lojas de alto padrão, sem qualquer preocupação", afirmou Guns. O grupo se aproveitou da senha anotada no cartão da aposentada para realizar compras durante todo o dia, demonstrando um total desprezo pela situação da vítima.
Além das três mulheres presas, uma suspeita e um homem ainda permanecem foragidos. A operação foi um desdobramento de um trabalho minucioso da polícia, que buscou não apenas prender as envolvidas, mas também desarticular um esquema que se assemelha ao da famosa "Gangue das Gordas", que atuava na capital gaúcha. "É um absurdo o que aconteceu", enfatizou o delegado, ressaltando a gravidade dos atos cometidos.
A ação da polícia em Canoas evidencia a importância da vigilância e da colaboração da comunidade no combate a crimes dessa natureza. A ostentação e a falta de remorso das criminosas, que se autodenominavam "divas", servem como um alerta sobre os riscos que as vítimas enfrentam em situações cotidianas, como o uso de transporte público e a realização de compras em shoppings.
Reportagem da Redação