
A Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, concluiu que um menino de apenas dois anos sofreu abuso sexual, supostamente cometido pelo próprio pai. O homem, de 25 anos, está preso preventivamente desde a última quarta-feira, dia 19, e deverá ser indiciado por estupro de vulnerável, conforme informações do delegado Mauricio Barison.
A investigação teve início na terça-feira, dia 18, quando o menino foi levado ao hospital com sintomas de desmaio e vômito. A equipe médica, ao examinar a criança, identificou indícios que sugeriam a possibilidade de crimes sexuais, levando a Brigada Militar a ser acionada. Durante o interrogatório, o pai negou as acusações, mas a análise de material genético e a identificação de ferimentos corroboraram as suspeitas de abuso.
A Justiça já estabeleceu medidas protetivas de urgência em favor da vítima, que incluem a proibição do pai de se aproximar da criança ou de manter qualquer tipo de contato com ela, respeitando uma distância mínima de 500 metros. Além disso, a mãe da criança também foi ouvida e relatou que o filho apresentava um comportamento diferente e que não queria ficar com o pai. Ela chegou a cogitar que o companheiro poderia ter drogado a criança, embora ainda não haja resultados conclusivos sobre a presença de substâncias ilícitas.
No mesmo dia da prisão do pai, o corpo de um tio do menino foi encontrado em Cachoeirinha, município vizinho a Canoas, com marcas de tiro e parcialmente despido. Este tio também era suspeito de envolvimento em abusos sexuais relacionados ao caso. A investigação prossegue, e o inquérito deverá ser remetido à Justiça em até 10 dias.
A polícia também está apurando a possível omissão da mãe em relação aos abusos. Ela foi ouvida novamente, mas os detalhes do depoimento não foram divulgados. Este caso ressalta a importância de se conhecer os sinais de violência e abuso sexual infantil, como hematomas, mudanças bruscas de comportamento e regressão no desenvolvimento, que podem indicar que uma criança está em situação de risco.
Denúncias de violência contra crianças aumentaram em 24% no Brasil, e é fundamental que a sociedade esteja atenta e saiba como agir. O Disque 100 recebe denúncias de violações de direitos humanos de forma anônima, e a Polícia Militar pode ser acionada em situações de risco imediato. Profissionais de saúde também têm a obrigação de notificar casos suspeitos às autoridades competentes.