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Polícia Federal desmantela esquema de desvio milionário na saúde pública

Operação Paralelo Cinco investiga fraudes em hospitais do RS e SP.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Reprodução/Especial
26/11/2025 às 12h46 Atualizada em 26/11/2025 às 14h07
Polícia Federal desmantela esquema de desvio milionário na saúde pública
Polícia Federal/Especial

A Polícia Federal deflagrou a Operação Paralelo Cinco para desmantelar uma organização criminosa que desviou milhões de reais destinados à saúde pública em municípios do Rio Grande do Sul e de São Paulo. A ação, realizada na terça-feira (25), contou com o apoio técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS) e da Controladoria-Geral da União (CGU), resultando no cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão, além de duas prisões preventivas nos estados do RS, SP e Santa Catarina.

Durante a operação, a PF bloqueou mais de R$ 22,5 milhões em contas bancárias e sequestrou 14 imóveis, 53 veículos e uma embarcação. O Judiciário impôs medidas cautelares a 20 investigados, incluindo afastamento de funções, suspensão de atividades econômicas e proibição de acesso a órgãos públicos. Além disso, a Justiça determinou a intervenção nos hospitais municipais de Jaguari (RS) e Embu das Artes (SP), onde um grupo de empresários de Porto Alegre assumiu a gestão.

As investigações, que começaram em janeiro de 2024, revelaram que entre 2022 e agosto de 2025, as duas instituições receberam mais de R$ 340 milhões em recursos públicos. O esquema de desvio foi apoiado por empresas de fachada e entidades sem capacidade operacional, que emitiam notas fiscais frias e ocultavam o destino real do dinheiro. Os valores repassados pelo poder público eram pulverizados em dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas sem vínculo com os serviços contratados, enriquecendo os gestores da organização.

Os agentes da PF também detectaram desvios diretamente das contas dos convênios, que bancavam despesas pessoais dos envolvidos. A lista de irregularidades inclui salários inflacionados para funcionários sem trabalho prestado, contratos de emprego fictícios, aluguéis de imóveis de luxo, viagens e a compra de bens particulares, tudo custeado com recursos destinados aos hospitais. A operação desta terça-feira visa buscar novas provas, ampliar o rastreamento de ativos e reforçar o material já reunido.

Os investigados poderão responder por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes. A ação da Polícia Federal destaca a importância do combate à corrupção e à má gestão dos recursos públicos, especialmente em um setor tão sensível como a saúde.

 

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