
Uma semana após o caso chegar ao conhecimento da polícia, o menino de 2 anos, vítima de um crime brutal de estupro em Canoas, segue internado no Hospital Universitário (HU). O abuso, segundo as investigações, teria sido cometido pelo pai e pelo tio da criança, que figuravam como principais suspeitos.
De acordo com as autoridades, além do pai estar preso preventivamente, o menino não mantém contato com a mãe, que agora também é investigada por negligência grave. A suspeita é de que ela teria deixado o marido e o próprio irmão cuidando do filho durante a madrugada do dia 18, enquanto ambos consumiam cocaína.
O delegado Maurício Barison, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Canoas, confirmou que a mãe está sob investigação: “Ela está sendo investigada. Portanto, não tem mais contato com o filho.”
Ainda conforme Barison, há indícios claros de negligência, incluindo a possibilidade de que a criança possa ter inalado entorpecentes durante a noite do crime. O caso segue sob análise da Promotoria da Infância e Juventude, que ainda não se manifestou.
O pai do menino, de 30 anos, teve a prisão preventiva decretada pelo crime de estupro de vulnerável e continuará detido durante o curso das investigações. No interrogatório formal, ele negou os abusos, embora policiais militares tenham relatado que ele chegou a confessar informalmente no momento da abordagem.
O segundo suspeito, o tio da criança, de 24 anos, foi encontrado executado com múltiplos disparos no Distrito Industrial de Cachoeirinha na última quarta-feira (19). A morte do suspeito adiciona um novo elemento de violência à investigação, dificultando a apuração completa dos fatos e levantando questões sobre possíveis retaliações.
O menino permanece internado, recebendo cuidados médicos e acompanhamento psicológico. A Justiça e a polícia afirmam seguir monitorando a situação para garantir que a criança tenha proteção integral e acesso a todo suporte necessário para superar o trauma.