Uma mulher de 38 anos foi morta e outras duas pessoas ficaram gravemente feridas após serem atacadas a facadas por um homem em situação de rua na noite de sábado (22), na rua Capitão Araújo, área central de Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. A vítima fatal foi identificada como Greice Kelly Marques.

Segundo a Brigada Militar, o agressor Misael Camargo, 37 anos, iniciou o ataque de forma repentina, esfaqueando duas mulheres — Greice e sua irmã, Márcia Maria Marquês Achterberg, 50 — e também um motoboy identificado como Mateus, que foi atingido no pescoço. O criminoso foi detido no local logo após a ação.

Ataque começou após tentativa de assalto

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) atualizou o enquadramento do caso neste domingo (23): o crime passou a ser investigado como latrocínio — roubo seguido de morte.

De acordo com a delegada Daniela de Oliveira Minetto e o chefe de investigações, inspetor Vinícius Sinhori, Misael havia tentado assaltar um motoboy minutos antes de atacar as mulheres. A vítima conseguiu fugir e acionou a polícia, mas o agressor permaneceu na região e iniciou a sequência de esfaqueamentos.

Vítimas seguem hospitalizadas

Após o atendimento inicial do Samu e do Corpo de Bombeiros, as vítimas foram levadas para hospitais da cidade:

• Márcia, irmã de Greice, foi encaminhada ao Hospital São Vicente de Paulo (HSVP);

• Mateus, o motoboy, em estado grave, foi levado ao Hospital de Clínicas (HC).

O estado de saúde deles ainda não foi atualizado oficialmente.

Agressor possui longo histórico criminal

Misael Camargo, agora preso novamente, tem extensa ficha policial e já havia sido detido diversas vezes nos últimos anos pela Brigada Militar. Entre seus antecedentes estão:

• Ameaça

• Tráfico de drogas

• Duas apreensões por porte de arma branca

• Roubo de veículo

• Roubo a motorista particular

• Roubo com lesões

• Furto e furto de veículo

Além disso, Misael esteve foragido repetidas vezes, sendo considerado um agressor de alta reincidência criminal.

Investigação

A DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) assumirá a investigação para apurar a motivação, a dinâmica completa do crime e eventuais falhas no acompanhamento do agressor, que circulava livremente no centro da cidade apesar do histórico violento.