
Bento Gonçalves se despediu neste domingo, 16, de um de seus maiores incentivadores do esporte e da educação social. Faleceu na noite de sábado (15), aos 79 anos, o professor Nei Edson Moura Ribeiro, carinhosamente conhecido como Nei Ribeiro, figura histórica na formação de crianças e adolescentes por meio do futsal.
Nei dedicou grande parte de sua vida a projetos que tinham como missão retirar jovens das ruas, afastá-los das drogas e oferecer disciplina, convivência e esperança por meio do esporte. Sua atuação ultrapassou quadras e fronteiras, tornando-se um símbolo de acolhimento, firmeza e transformação social.
Ao longo das décadas, Nei comandou escolinhas de futsal que marcaram o desenvolvimento de milhares de crianças na Serra Gaúcha. Nos últimos anos, foi responsável pelo projeto Formando Craques, com núcleos em Bento Gonçalves e Garibaldi, consolidando-se como um dos principais programas de iniciação esportiva da região.
Reconhecido pela paciência, pelo olhar atento e pela paixão pelo que fazia, Nei acreditava que o esporte era um caminho seguro para moldar caráteres, ensinar valores e abrir portas. Muitas famílias relatam que o professor foi figura decisiva na vida de seus filhos — fosse pela oportunidade esportiva, pela palavra amiga ou pela orientação no momento certo.
Nos últimos anos, o professor enfrentava complicações de saúde, sobretudo após sofrer um AVC, que o afastou gradualmente das atividades. Mesmo assim, continuou acompanhando o projeto e incentivando crianças e colegas sempre que possível.
Seu velório ocorreu neste domingo, na Funerária Bento XVI, reunindo ex-alunos, familiares, lideranças comunitárias e amigos que foram prestar as últimas homenagens. O sepultamento aconteceu às 15h30, no Cemitério Municipal de Bento Gonçalves.
Nei Ribeiro deixa um legado incalculável para Bento Gonçalves. Não apenas ensinou fundamentos de futsal: ensinou respeito, disciplina, convivência e amor ao esporte. Seu trabalho impactou diretamente gerações e continuará ecoando por meio dos jovens que ajudou a formar.
A cidade perde um mestre, mas mantém viva a memória de um homem que acreditava no poder transformador do esporte — e dedicou a vida inteira para comprovar isso.